É sabido que a estação do ano em que nos encontramos não permite cultivar qualquer vegetal ou planta. A maioria das culturas não suporta muito bem o frio. E como se isso já não bastasse, o homem não pára de virar e revirar os poucos e frágeis rebentos que temos a crescer na horta da varanda. Armado em esperto e contra todas as recomendações, achou que os buracos dos vasos e das floreiras ficavam bem era tapados. Sim, aqueles buracos que supostamente servem para drenar a água em excesso. Assim como assim, eu também já não queria pratos por baixo dos vasos.
Entretanto, com o andamento da horta, o marido foi-se apercebendo que a ideia inicial de tapar os buracos no fundo dos vasos é muito gira mas é capaz de não resultar. As hortícolas estão a ficar um bocado murchas e estamos sem perceber se é a água que se está a depositar no fundo dos vasos ou se é só por estarmos a caminhar para o Inverno. Pelo sim, pelo não, e como não podemos mandar no tempo, o marido abriu um buraco no fundo de todos os vasos. Da forma como organizámos a horta vertical, caso se regue um vaso em excesso a água a mais pinga dos vasos de cima para os de baixo e depois para a floreira de cima. Isto sim é uma solução inteligente para não se utilizar pratos debaixo dos vasos.
As floreiras por enquanto ainda estão tapadas, mas acho que não vai ser por muito tempo.
Mas esperem, antes da história dos buracos, houve a história da manta. Se estão lembrados, pela altura que preparámos os primeiros vasos e a primeira floreira, não conseguimos adquirir manta geotêxtil. Por isso só colocámos argila expandida no fundo dos recipientes e terminámos de encher com substrato universal. Mais tarde desencantámos finalmente a manta e o marido toca de mudar as culturas dos vasos, porque a manta é que era o segredo para não matar as plantas com água a mais. Veio o frio e naturalmente os vegetais ressentiram-se. Pudera, os coitadinhos dos rebentos ainda são tão pequeninos. Mas não! Na dúvida vai de abrir os buracos que pode ser água a mais e para facilitar a tarefa toca de mudar novamente os desgraçados dos rebentos de salsa e de goji.
Já viram isto? Não morrem do mal, morrem da cura. Mas há mais! Pela mesma razão, recentemente o raio do homem decidiu repetir a proeza e colocou manta geotêxtil na floreira mais antiga, transplantando primeiro os rebentos de espinafre para a floreira dos tomateiros. Como foi preciso arrancar alguns rebentos de tomateiro para plantar os espinafres, o marido aproveitou e plantou esses tomateiros na floreira antiga dos espinafres.
Vocês já viram o que eu tenho que aturar? Com tanta troca e baldroca já só estou à espera de ver morrer tudo o que semeámos até agora. Só os morangueiros é que escaparam ao reboliço.
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