quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Coentro, para que te quero?

Ora viva pessoal! Hoje venho falar-vos do coentro. Como sabem não estava nos planos semear esta planta aromática. No entanto quando me lembrei de comprar sementes à mão cheia pareceu-me bem no momento trazer coentro. Só depois é que me lembrei que acho que não aprecio muito o sabor da comida aromatizada com esta planta.

Uma vez a fofuxa levou-me a jantar a um restaurante indiano e eu fiquei meio enjoado com o sabor carregado da comida. Se não estou em erro, os indianos gostam de abusar no coentro e no caril para condimentar os seus pratos. Mesmo assim, tenho a ideia que o coentro vai bem com uma sopa ou um arroz de peixe, moderadamente claro. Aliás, foi precisamente a pensar nisso que comprei as sementes de coentro. A mulher de vez em quando faz arroz de peixe e acho que o coentro vai dar sabor especial ao prato. Já a sopa de peixe, cá em casa ela nunca a fez, mas depois do coentro crescer acho que vai experimentar.

Coentro

Até ver o coentro está a crescer bem. O vaso já está todo composto e os rebentos fazem lembrar a salsa. As duas plantas têm folhas trifoliadas, mas as do coentro são mais rendilhadas do que as da salsa. De qualquer forma não é de admirar porque parece que o coentro e a salsa pertencem à mesma família, tal como a cenoura curiosamente. E pensando bem no caso, realmente a salsa cria uma raiz comprida que faz lembrar uma cenoura mirrada e as folhas da cenoura também têm alguma semelhança com as da salsa. Será que o coentro também cria uma raiz comprida? Se criar pode revelar-se má ideia criar coentro em vasos, tal como já ouvi dizer para a salsa.

Semente de coentro

Para minha surpresa, as sementes de coentro ainda são granditas, quando comparadas com as sementes das aromáticas que já semeámos até agora. Não sei porquê esperava uma semente mais pequena. Ainda assim semeei esta planta da mesma forma que as outras. Espalhei umas quantas sementes no vaso e depois cobri-as com uma fina camada de terra. Reguei sempre que necessário e esperei que acontecesse o milagre da viva.

Rebento de coentroRebento de coentro
Coentro

Ao fim de alguns dias germinaram as primeiras sementes. Por esta altura isto já não é novidade por aqui, mas continuo a adorar esta fase. É fantástico ver os rebentos a brotar da terra e as folhas a tomar forma.

E pronto. Com este post terminamos a apresentação de todas as culturas da horta vertical, pelo menos por agora. Mas não pensem que com isto se acabaram os textos sobre a horta. Não senhor! O espaço é pouco mas na área reservada para a horta ainda temos uma parede com 60 centímetros de largura toda livre. O que será que lá vamos fazer?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Palavra do dia: POINT

Este é mais um post para se rirem às minhas custas, porque eu sou assim: altruísta.

Por motivos que agora não interessam nada, tive que falar ao telefone com um operador que estava do outro lado do mundo, em inglês, para terminar um processo de compra. Quando percebi que tinha de o fazer, ou corria o risco de a coisa ficar a meio, toda eu tremi até receber a bendita chamada. O que vale é que não demorou muito até o telefone tocar.

Basicamente o senhor telefonou para confirmar que eu não estava a fazer nenhuma falcatrua e queria que eu lhe dissesse o e-mail que inseri nos dados da compra. Pensei eu: "'É canja". E respondi ao senhor:
- Hummm, bla POINT bla (bolas como é que se diz arroba), humm... AT bla POINT pt.
- ... Ok, thank you, you will receive the link for download on your e-mail.
Desliguei o telefone, suspirei de alivio e comentei com o marido:
- Ena, até foi fácil! Mas, estou com a sensação de que não disse o e-mail da forma correta. Achas que disse bem?
- Pois, também não me soou lá muito bem...
Durante alguns segundos fez-se silêncio.
- Já sei, foi o ponto! Não se diz POINT, diz-se DOT!
CLAP! Dei uma palmada na minha testa e procurei um buraco para me enfiar. Nisto o marido virou-se a rir e eu acabei por o acompanhar. Mas que vergonha! Vivemos na era da globalização e eu nem o meu e-mail sei dizer corretamente em inglês. Acho que era o mínimo dos mínimos que se podia pedir e nem isso consegui acertar.

Pronto, agora já sabem como dizer o vosso e-mail em inglês. Vocês e eu! Para a próxima já digo dot em vez de point... ou então não :)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Palavra do dia: CHIU

Chiu: palavra de origem onomatopaica, interjeição, expressão usada para impor silêncio. O mesmo que caluda.

Nos últimos nove meses esta palavra tem sido muito usada cá em casa, unicamente pela minha pessoa. A partir de hoje é palavra proibida. Quase sempre que o marido chega a casa depois de um dia de trabalho o menino está a dormir. Assim que ele abre a boca para dizer alguma coisa o meu instinto faz-me logo dizer "chiiiiuu". É mais rápido do que o meu pensamento. O marido fica imediatamente mal disposto, a dizer que já não se pode falar nesta casa. Eu fico cheia de remorsos e a pensar que estava bem calada. E o resto do dia é uma treta.

Por isso é ponto assente. A partir de hoje não se diz mais chiu nesta casa. Se o cachopo tiver que acordar acorda. Dorme mais a seguir. Como isto já me está tão enraizado, suspeito que não vai ser fácil largar este hábito. Vou usar a técnica de dar uma palmada na boca cada vez que me sair um chiu. Acho que vou andar um bocado amorada durante uns tempos.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Os nossos leitores são o máximo

Jesus, Maria, José! Há cinco dias que não damos notícias. Não pode ser! E aconteceu tanta coisas nestes dias... a Gabriela acabou, tivemos um temporal do caneco e mais outras coisas que não havia necessidade nenhuma, mas são desígnios do destino. Cenas cósmicas, como diz a minha amiga Ana. Enfim... já passou! Estamos cá é para animar a malta. Os cortinados de rede sombreira estão no mesmo sítio e a nossa horta de varanda continua linda!

Blogues do ano 2012

Como sabem, a primeira fase das votações para melhor blogue de 2012 terminou no passado fim de semana. Ficámos em sexto lugar na categoria Botânica, Horticultura e Jardinagem - um orgulho! E foi um orgulho por várias razões. Primeiro porque tivemos uma data de gente boa a dar-se ao trabalho de ir lá votar no nosso blogue e mostrar que nos acham uns tipos porreiros. Depois porque este espaço só tem meia dúzia de meses - literalmente - e já vai nestes voos tão altos ao lado de verdadeiros gigantes da blogosfera. Mas há mais! Fosse eu uma gaja atenta e teríamos entrado na corrida logo no seu início como os outros. É que não sei se estão a ver?! Apenas cinco votitos nos separaram do quinto lugar. Como diz o outro, faltou-nos uma bocadinho assim - pequenino - para passarmos à fase final.

Disse que entrámos na corrida só porque achámos giro, mas agora confesso que me teria dado um gostinho especial ver Uma vaca na varanda no top 5. Mas pronto, para o ano há mais e da próxima vez vou tentar estar mais atenta.

Muito obrigada cá do fundinho a todos os que nos seguem e que demonstraram o seu carinho.

Prometo que vamos continuar sempre em altas!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Arquibanco fofinho

Digam lá, pensavam que já me tinha esquecido da decoração do arquibanco, não pensavam? Na nossa varanda nunca abandonamos uma ideia. A coisa pode é demorar o seu tempo. Neste caso levou tempo a ser partilhada aqui convosco, porque isto até já está feito há um tempito.

Então, vamos recapitular por alto como o nosso arquibanco chegou àquilo que é hoje. Primeiro comprámos um arquibanco simples na feira aqui da terra. Depois pintámos-lo de branco com acabamento decapê para ficar com um aspeto shabby chic. Finalmente veio a parte da decoração mais vistosa. Comprei os tecidos, pedi esponja para o assento ao meu tio e entreguei tudo à minha mãe para que ela fizesse a sua magia.

Arquibanco almofadado

No meio do processo ainda comprei cordel para fazer o pormenor maravilhoso em toda a volta do assento. Também comprei sumaúma para encher as almofadas. Pensei em comprar também um fecho para colocar na lateral do assento para ser mais fácil lavar o tecido, mas a minha mãe conseguiu arranjar-me um de trinta centímetros e ficou o problema resolvido.

Pode ser dos meus olhos, mas não acham que ficou mesmo espetacular? A minha mãe é uma artista. Nunca pensei vir a ter uma coisa tão fofa na varanda do "nosso" apartamento. Deixo alguns pormenores para se deliciarem.

Assento do arquibancoAlmofadas do arquibanco

Agora que tenho um espaço tão lindo e acolhedor para me sentar à varanda, não vejo a hora de chegarem os dias amenos e soalheiros da primavera para me deliciar com um chazinho. Por falar nisso, agora o que ficava aqui mesmo bem era uma mesinha para ter onde poisar a chávena, o bule e um pratinho de biscoitos, não era? Ó marido, precisamos de falar.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Palavra da noite: QUARENTA

Ontem passei o dia com dor de garganta. O pequeno passou o dia meio chocho e com um pingo a escorrer-lhe do nariz, o que em nove meses de vida nunca lhe tinha acontecido. À noite, pelas 21h, medi-lhe a temperatura e estava com 38º. Levou logo com um supositório. Continuou chocho e eu a controlar-lhe a temperatura. À meia-noite dei-lhe o leitinho e ficou a dormir na sua caminha com o aquecedor ligado.

Era 1h30 e ouço-o a choramingar. Dei com ele vermelhíssimo nas bochechas e nas orelhas e a tremer. Entrei em pânico. Embrulhei-o numa manta e levei-o para o nosso quarto para pedir a opinião ao marido do que devia fazer. Estava com 39º. Ele começou logo com coisas de que se chegasse aos 40º era perigoso. Como se eu não estivesse já enervada que chegue. Disse também que se ele tremia era porque tinha frio mas eu achei que não. De qualquer forma ele foi da opinião de irmos para o hospital uma vez que o próximo supositório só podia ser dado às 5h.

Lembrei-me que existe a linha Saúde 24 (808 24 24 24). Liguei para lá e a enfermeira que me atendeu foi cinco estrelas. Disse para lhe irmos tirando roupa gradualmente até ele deixar de tremer e depois esfregar-lhe as costas com uma toalha morna para ativar a circulação nessa zona. Isto para baixar a febre até aos 37º. Ficou combinado que daí a 45 minutos me ligava para saber como ele estava. Nessa altura tinha baixado dos 39º para os 38º e passámos à fase da toalha morna.

3h30 da manhã. O marido foi tentar dormir e eu fiquei a adormecê-lo. 4h da manhã: o menino fica a dormir na cama dele e eu fui para a minha. 4h15: chora. Fiquei na poltrona do quarto dele com ele ao colo até às 5h, hora do próximo supositório. Depois desse já baixou para os 37º e finalmente conseguiu adormecer.

6h da manhã: fui-me deitar. 8h20: hora de levantar.

E foi assim a nossa noite. Desesperados para não ver o número quarenta no termómetro e para dormirmos que já lá vão três noites para esquecer. Vida de pais de primeira viagem não é fácil.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Cebolinho, és tão fininho!

Ora viva pessoal! Cá estou eu novamente. Desta vez para vos falar do cebolinho. A fofuxa anda ocupada com umas cenas dela, por isso, isto hoje ficou por minha conta.

O cebolinho é fininho! É verdade camaradas. É tão fininho que tive que o semear por duas vezes para conseguir exemplares suficientes para encher o vaso. E olhem que o vaso não é muito grande, antes pelo contrário, até é bem pequeno. Faz-me lembrar o dia em que apresentei a Fofuxa à minha avozita.
- Avó, apresento-te a minha namorada! Que tal? É bonita não é?
- É, é, filho! É fininha!
A minha avó é um espetáculo, mas vê muito mal. Só conseguiu ver que ela é fininha. Coitadinha da minha velhota.

Rebentos de cebolinho

Agora o vaso está a transbordar cebolinho, mas nem sempre assim foi. Há muito, muito tempo atrás, o vaso só tinha terra. Para semear o cebolinho reguei a terra com água e espalhei uma mão cheia de sementes no vaso. As sementes são pequenas e pretas. Cobria-as apenas com um pouco de terra e deixei ficar.

Semente de cebolinho

Como sempre, ao fim de meia dúzia de dias brotaram os primeiros rebentos. Menos do que o esperado. O cebolinho nasce dobrado e só depois é que se endireita em direção à luz. Não têm folhas, só caule, verde e pontiagudo. Parecem agulhas espetadas na terra.

Rebentos de cebolinho

Para compor melhor o vaso semeei mais uns quantos no meio dos ainda pequeninos rebentos de cebolinho. Só quando nasceu a segunda remessa é que finalmente consegui um vaso recheado. Agora só espero que o cebolinho não crie um tubérculo grande como o da cebola. É que juntinhos como estão os rebentos não sei se há espaço no vaso para acomodar mais alguma coisa.

Estou deveras curioso para saber o que vai acontecer neste vaso. Se o cebolinho criar um tubérculo o vaso ainda é capaz de explodir. Hi, hi, hi. BOOOOMM!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Vote no melhor blogue do ano

Caríssimos,

entrámos neste mundo da blogosfera há coisa de seis meses sem fazermos a mínima de onde nos estávamos a meter. Isto dá uma trabalheira descomunal, mas também serve para deitarmos cá para fora tudo o que nos apetece. E isso é bom.

Nesta altura do campeonato já fizemos muitos amigos, criámos ligações com pessoas que percebem mais de hortas e afins do que nós e sentimos que estamos no bom caminho. O apoio e carinho que os nossos leitores têm demonstrado fazem-nos pensar que devemos estar a fazer algo bom. Isso dá-nos ganas de levar tudo à frente e pôr as pessoas a criar hortas em espaços pequenos. Mas acima de tudo ficamos ainda com mais vontade de levar boa disposição a esta malta da pesada.

Blogues do ano 2012

Este parlapié todo para vos dizer que decidimos inscrever-nos este ano para melhor blogue de 2013. Não, ninguém nos nomeou. Não, não temos a mania. Apenas gostamos da ideia de, durante uma semana, pertencermos à mesma lista que grandes monstros da blogosfera. Para além disso, queremos dar uma oportunidade aos nossos queridos leitores de demonstrarem como já não conseguem passar sem nós (hihihi).

Agora a sério, achámos que era giro e pronto. Quem quiser dar-nos uma forcinha pode votar em nós em três categorias diferentes:


Podem votar uma vez por dia, em todas as três categorias, até ao próximo sábado, dia 19. Muito obrigada a todos pelo vosso apoio. Estamos cá para vos oferecer sorrisos. Ri-te macambúzio!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Palavra do dia: PRIOLO

Hoje vi uma reportagem na SIC sobre o Priolo. E perguntam vocês: mas o que é um priolo? Um priolo é um passarinho muito fofo que só existe na ilha de São Miguel nos Açores, o seu habitat é predominantemente a floresta Laurissilva. Esta floresta está a ser invadida por plantas exóticas e isso colocou este passarinho em perigo de extinção.

Priolo

Como diz o senhor Malato, já fui muito feliz em São Miguel. Identifiquei-me tanto com esta reportagem que resolvi falar aqui dela. Existe uma equipa esforçada e empenhada em ajudar a preservar as condições ideais naquela zona para que estes passarinhos se possam reproduzir e viver felizes. Esta equipa dedica-se principalmente a erradicar as plantas exóticas - que teimam em invadir a floresta Laurissilva - e a proteger as espécies autóctones.

Para apoiar esta iniciativa e angariar fundos para ajudar esta equipa foi criada uma página para esse efeito. Esta página também tem um vídeo muito bonito e explicativo do problema e das soluções encontradas. Fica aqui a minha contribuição no passa palavra por esta causa. Um grande bem-haja a todos os que se dedicam a estas causas tão nobres.
Imagem de: Açores, As 9 Maravilhas da Natureza.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Palavra do dia: CHARME

Hoje fomos com o pequenino fazer uma ecografia. A nossa médica de família suspeitou que ele tivesse gerado uma hérnia de esforço na zona das virilhas. Paniquei o dia todo, estava a ver que nunca mais chegava a hora.

Aguardámos um bocado na sala de espera e foi só distribuir charme. Eram velhinhas, crianças, senhoras, todos. O pequeno olhava para as pessoas a ver se as conhecia, elas olhavam de volta e tungas! Um sorriso rasgado e o dedito a apontar. E depois foi só:
- Aí que fofo!
- Ai tão simpático!
- Olá! Cutxi-Cutchi.
- Ó bate palminhas! Tininho, Tininho.
- Ah ele ainda não faz nada disso. Só agora aprendeu a apontar.
- Então mas que idade tem ele?
- Nove meses.
- Nove meses?!
O raça do miúdo é tão fofo, tão fofo que até o dia do senhor doutor ele animou.
- Oh pequenino, passei o dia a ouvir bebés a chorar. É mesmo bom terminar o dia com um simpático como tu.
E o meu coração derreteu. No final ainda tive a boa notícia de que ele não tem hérnia nenhuma e que está ali para as curvas. E tungas! Derreteu outra vez.

Tomilho para o inverno

Lembram-se de eu andar a pesquisar a melhor forma e altura de cultivar o tomilho? Pois podem esquecer. Há uns tempos deram umas ganas ao marido e foi comprar sementes de tudo o que lhe apareceu à frente, dentro do que já tínhamos combinado que íamos semear. Na altura chegou-me a casa com quatro embalagens de sementes: tomilho, cebolinho, coentro e salsa. Disse que ia semear tudo a eito.
- Então mas não temos que respeitar a época de cultivo? Eles dizem que é na Primavera...
- Quero lá saber! Eu quero é começar a ver alguma coisa verde na nossa horta. Vou semear e pronto.
Entretanto as culturas já cresceram alguma coisa por isso é tempo de vos atualizar. Neste momento o vaso do tomilho está recheado de rebentos pequeninos. Ainda não posso colher nenhum mas para lá caminha.

Rebentos de tomilho

Até ver as sementeiras estão todas a correr bem. Tão bem que o marido não se cala que ele é que sabe e bla bla bla. Mas mesmo assim de vez em quando ele ainda dá uma espreitadela no Borda d'Água. Deve sentir-se mais agricultor assim, sei lá.

Semente de tomilho

Quando ele me mostrou as sementes do tomilho fiquei incrédula de que alguma coisa pudesse nascer dali. As sementinhas são mais pequenas que a cabeça de um alfinete! Ele pegou simplesmente uma mão cheia de sementes e espalhou-as no vaso. Ao regar desapareceu tudo entre a terra. Para meu espanto, passados meia dúzia de dias já se notava que ia sair dali qualquer coisa.

Rebentos de tomilhoRebentos de tomilho

O resultado da germinação é proporcional ao tamanho das sementes, os rebentos são minúsculos. Mas o que lhes falta em tamanho sobra em quantidade. São tantos que se crescerem muito não sei se o vaso chega para todos. Só espero que sim, porque se o tamanho do vaso for suficiente acho que vai ficar muito bonito e composto. Como se costuma dizer, tudo o que é pequenino é lindo e é bem verdade.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Palavra do dia: VINAGRE

Estava eu nos meus afazeres de almoço quando vejo o marido a tirar qualquer coisa do armário dos detergentes e afins. Pensei logo: "Ai Jesus que ele vai outra vez empestar a horta!". Ia já ele com o frasco de insecticida na mão quando consegui barrar-lhe o caminho para lhe explicar:
- O que se passa desta vez?
- São os morangueiros. Estão carregadinhos de piolho.
- Espera lá! A Isa disse para experimentarmos pulverizar com vinagre e água.
- Ah bom! Era de uma mezinha dessas que eu andava à procura. Vou experimentar.
Não sei as quantidades que ele usou mas vou esperar pelo relatório da experiência. Espero bem que funcione senão, coitadinhos dos morangueiros, vão corridos a insecticida como a hortelã.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Alecrim vs. Hortelã

Truz, truz. Quem é? Moi, Bob le bricoleur. Ah pois é! Aqui o construtor também fala francês. Aprendi com os emigrantes portugueses que deixaram este belo país e rumaram para o Luxemburgo em busca de uma vida melhor. Ah oui, hã. Qu'est que tu pense, trabalhar ne canse?! Faz calos!

Há mais de um mês iniciámos uma experiência com o alecrim e a hortelã. Colocámos um ramo de cada espécie num frasco com água e começou a extenuante tarefa de observar atentamente a magia da natureza. Qual das duas plantas será que criou raízes mais depressa? Será que o alecrim se aguentou?

Alecrim e hortelã num frasco com água

Pois bem, a corrida pela sobrevivência chegou ao fim e já temos os resultados. Na altura o Jardineiro do Rei deu-nos umas preciosas dicas de como propagar o alecrim, mas nenhuma delas envolvia o enraizamento "por mergulhia na água". Ainda bem. Assim não estragou a surpresa.

Tal como esperado a hortelã ganhou a corrida e bem cedo apareceram as primeiras raízes. Até aqui nada de novo. Mas o interesse da experiência era saber como se comportava o alecrim.

Após uma semana mergulhado em água as pontas das folhas do ramo de alecrim começaram a secar. Na altura pensei que a coitadinha da planta não resistiria à experiência. No entanto, durante todo esse tempo reparei que, contrariamente às restantes, as folhas do topo do ramo mantiveram-se sempre viçosas. Por isso sentei-me em frente ao frasco e esperei para ver o que acontecia. Ao final de meia dúzia de dias já não podia com a mulher a gritar-me que não fazia mais nada do que olhar para a horta, mas só vos digo que foi emocionante.

Raiz da hortelãRaiz do alecrim

O alecrim aguentou-se e apareceram as primeiras raízes. Foi a loucura, corri pela casa a gritar:
- OH MULHER, OH MULHER, ANDA CÁ VER ISTO!
Perante tanto entusiasmo a mulher largou tudo e correu para ver o que se passava.
- Ai homem, é grave? O que foi?
- Olha, olha... o alecrim já tem raízes!
A mulher colocou uma expressão carregada, olhou para mim com uns olhos de raiva e susteve a respiração. Ficou assim uns segundos. Ainda pensei que explodisse, mas não. Suspirou apenas e virou-me as costas.

Mas veem, funcionou!

Já a experiência com goji não correu lá muito bem. Eram mais que as mães mas morreram todos. É triste mas a vida continua. Tirei o ramo de alecrim da água e plantei-o no vaso do goji. Agora temos dois vasos com alecrim plantado, um diretamente e outro depois de enraizar num frasco com água. Vai ser mais uma experiência, vamos ver em qual dos casos o alecrim cresce melhor. Hi, hi. Vou-me sentar novamente em frente à horta para ver o alecrim crescer.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Palavra do dia: COLO

Estou proibida de levantar pesos maiores que um quilo por causa do pequenino percalço que tive ontem. À conta disso tive cá a minha maninha o dia todo a fazer de babysitter. Do menino e minha, coitadinha.

O que mais me custou foi não poder dar colinho ao meu menino o dia inteiro. Uma pessoa habitua-se e depois tiram-nos estes mimos assim de repente. E depois vejo-o a ele com olhinhos de gato das botas como quem diz "mamã, dá colinho" e eu a só lhe poder dar uns beijinhos e umas festinhas. Oh vida.

Olha! A Hortelã tem piolho

Num dos vasos da nossa horta vertical temos hortelã. Dois pequenos rebentos transplantados do quintal da mamã que viveram alegres e felizes no seu novo habitat durante alguns dias. Até que o agricultor de algibeira se lembrou de os inspecionar mais ao pormenor e verificou que algumas folhas tinham habitantes indesejados: piolhos.

As coitadinhas nem tiveram tempo de se prepararem para o que veio depois. Nem tiveram tempo de me pedir ajuda. Só mais tarde é que o marido me veio informar, com ar de cientista louco, que pegou no insecticida e despejou meio frasco para cima delas. Eu ainda fui a correr, mas já não havia nada que pudesse fazer. Restou-me ficar a olhar para aqueles dois rebentinhos em completa agonia e esperar que a brisa suave que se fazia sentir levasse aquele veneno para longe e os ajudasse a respirar.

Hortelã secaRebento de hortelã

Passados uns dias a hortelã estava assim. Castanha. Sofreu até já não aguentar mais, pensei eu. Mas, observando mais de perto consegui ver pequenos rebentos a nascer do seu caule e acreditei que ela era mais forte do que eu imaginava. Deixei-a ficar, dei um grande raspanete no marido e confiei que a partir daí ele ia ter mais respeito e carinho por aquela plantinha tão indefesa.

Hortelã

Agora está assim, fresca e fofa. Já nem se lembra do horror que passou e só auspicia pelos dias prósperos que a esperam. E nós também.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Palavra do dia: LOMBALGIA

Pois é, sou eu de novo. Não era suposto mas a mulher hoje está de repouso absoluto com uma lombalgia. Sabem, ela é uma mãe galinha, muito preocupada e atenciosa. Cada vez que o pintainho pia ela vai logo a correr para o ajudar. Já eu, como um colega meu diz, sou apenas um bom pai. Deixo o miúdo fazer tudo o que ele quer. Quando ele quer chorar eu deixo-o chorar até ele querer.

Hoje de manhã, como de costume, o miúdo acordou a chorar e, como de costume, a minha querida esposa levantou-se a correr em socorro da criancinha. O miúdo já dorme sozinho no quarto dele. Eu só acordei quando ela se levantou.

Nisto entra-me ela aflita pelo nosso quarto com o filho ao colo.
- Ai, Ai, agarra aí no menino que eu já dei cabo das costas!
Levantei-me também a correr e agarrei o menino.
- Então? O que é que foi? É grave?
- É pá, não sei! Senti as costas a esticar e está-me a doer bué.
- Comparado com as dores de parto quanto é que te dói?
- É parecido com as primeiras contrações!
Não sei como é a dor das contrações, nem das primeiras nem das últimas, só presenciei a agonia da mulher durante o trabalho de parto no momento em que lhe foi administrada a epidural. Pareceu-me que ainda dói um bocadinho. Portanto, hospital com ela.

Agora a Fofuxa está de repouso. Anda direitinha como nunca. Se ela andasse de saltos altos já podia riscar o ponto Em 2013 vou aprender a andar de saltos altos da lista de resoluções do ano novo. Eh, Eh, Eh.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Culturas da horta vertical identificadas

Ora viva pessoal! Parece que a minha querida esposa me promoveu a animal territorial. Em vez de Bob, o construtor, agora sou Leão, o macho alfa. Brutal! Eu até explicava o meu ponto de vista, mas o conceito de organização desorganizada é uma coisa de homem que mulher nenhuma consegue entender. Só tenho a dizer que esta mulher arruma tudo tão bem arrumadinho que depois nenhum de nós sabe onde está! Ou seja, lá no fundo ela faz o mesmo que eu, mas em vez de deixar tudo à vista, esconde tudo bem escondido. É tipo uma desorganização escondida, uma coisa de mulher que homem nenhum consegue entender. Enfim, também te amo muito minha leoazinha. Grrr.

Vasos com cebolinho, coentro e tomilho devidamente etiquetados

Voltando ao assunto das etiquetas dos vasos da horta vertical, as diferentes culturas já estão todas identificadas. Temos então nove vasos, três com salsa, dois com alecrim e nos restantes quatro colocámos hortelã, cebolinho, coentro e tomilho. As culturas repetidas não tiveram direito a placa identificativa.

Painel da horta vertical com as várias culturas identificadasVaso com coentro devidamente etiquetado

Mas espera aí... sete mais um são oito e não nove. Bolas! Fiz mal as contas. Falta-me fazer mais um suporte para as etiquetas. Dormente! Como é que eu fiz tal coisa? Bem, não é grave, logo faço outro.

Como podem verificar, a horta vertical está a ficar composta. No meio do branco e do azul já se vê algum verde. Apesar do frio as culturas têm crescido alguma coisa, muito poucochinho, mas crescem. Segundo a lista das ervas aromáticas que a mulher escolheu para a horta vertical ainda falta cultivar manjericão, cidreira e malagueta, em principio nos vasos que acomodam agora culturas repetidas. Outrora num dos vasos crescia goji que infelizmente não aguentou as trocas baldrocas que fiz inicialmente com os vasos e morreu, dando lugar a uma nova experiência agora com o alecrim. Os coentros caíram do céu. Depois de toda a pesquisa que a mulher fez sobre as ervas aromáticas passei um dia no supermercado e comprei quatro sementes de que me lembrei. Acertei no cebolinho e no tomilho e errei no coentro. Quanto à última escolha, nem acertei nem errei, comprei semente de salsa.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Palavra do dia: ROEDOR

Tenho um roedor cá em casa. Não, não é um rato. Não, não é um hamster. É um bebé lindo de nove meses. Descobriu oficialmente para que servem os dentes. E já tem sete, o nosso homemzinho. Tudo o que apanha à frente é para pôr na boca e roer. Ultimamente tem tido uma fixação por tudo o que é de papel. Já não tenho uma revista inteira. Nem o livrinho dele para aprender as primeiras palavras escapou. Deve pensar que se as comer aprende-as mais depressa.

É isso e chinelos. Não o posso ter no chão a brincar ao pé de mim que passados uns minutos já tenho umas mãozinhas a agarrarem-me os chinelos a ver se os conseguem levar à boca.

Mas é o ratinho mais fofo do mundo!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Palavra do dia: TERRITÓRIO

Hoje foi dia de arrumações. Comecei pelo que desarrumámos por estes dias de festividades e depois dediquei-me a coisas mais específicas para deixar a casa mais jeitosinha. Ainda faltam algumas coisitas mas vou no bom caminho. Pelo meio atrevi-me a arrumar algumas tralhas do marido que ele teima em deixar espalhadas pela casa fora. Passadas umas horas, estava eu no silêncio do quartinho do bebé a tentar adormecê-lo quando oiço o marido a gritar qualquer coisa. Como já é costume ele andar a falar sozinho pela casa não liguei. Ainda por cima o bebé estava mesmo a adormecer. Entra-me ele pelo quarto:
- Onde é que puseste o carregador das pilhas? Estava em cima da mesa X.
- Deve estar no armário Y.
- F... Tens sempre que andar a esconder as minhas coisas! Elas não estão bem onde estão?
Nesta casa tudo o que sejam cabos, carregadores, pilhas e chinelos têm que estar sempre bem à vista. Do marido e do resto do mundo. Ai de mim se me atrevo a mudar o que quer que seja do sítio! Deve fazer-lhe espécie ver a casa arrumada e tem que fazer o seu papel de macho alfa e marcar o território aqui e ali, qual leão em plena savana, com os seus objetos aleatoriamente (ainda que ele diga que não) espalhados.

Por isso, caros familiares e amigos, sempre que vierem cá a casa e detetarem itens localizados em sítios invulgares já sabem do que se trata. Não sou eu que sou desleixada. É o leão cá de casa a marcar o território. E no vosso lugar evitava contacto visual direto. Ainda podem levar uma dentada.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Palavra do dia: DESCOMPENSADA

Gostava muito de ter uma palavra mais glamorosa para iniciar a minha lista de palavras de 2013. Mas é assim que me sinto, descompensada. Isto das festas de fim de ano é tudo uma grande canseira e já vi que com a idade piora. Depois queremos estar em todos os lugares ao mesmo tempo e andamos de um lado para o outro para podermos estar com as nossas famílias. É muito bom, mas também muito cansativo. Tenho os meus dois homens a dormir. Também estão descompensados. Tenho a casa de pantanas. Também está descompensada. Amanhã trato dela. E pode ser que amanhã consiga que a segunda palavra do ano seja mais animadita.