O cebolinho é fininho! É verdade camaradas. É tão fininho que tive que o semear por duas vezes para conseguir exemplares suficientes para encher o vaso. E olhem que o vaso não é muito grande, antes pelo contrário, até é bem pequeno. Faz-me lembrar o dia em que apresentei a Fofuxa à minha avozita.
- Avó, apresento-te a minha namorada! Que tal? É bonita não é?
- É, é, filho! É fininha!
- É, é, filho! É fininha!
A minha avó é um espetáculo, mas vê muito mal. Só conseguiu ver que ela é fininha. Coitadinha da minha velhota.
Agora o vaso está a transbordar cebolinho, mas nem sempre assim foi. Há muito, muito tempo atrás, o vaso só tinha terra. Para semear o cebolinho reguei a terra com água e espalhei uma mão cheia de sementes no vaso. As sementes são pequenas e pretas. Cobria-as apenas com um pouco de terra e deixei ficar.
Como sempre, ao fim de meia dúzia de dias brotaram os primeiros rebentos. Menos do que o esperado. O cebolinho nasce dobrado e só depois é que se endireita em direção à luz. Não têm folhas, só caule, verde e pontiagudo. Parecem agulhas espetadas na terra.
Para compor melhor o vaso semeei mais uns quantos no meio dos ainda pequeninos rebentos de cebolinho. Só quando nasceu a segunda remessa é que finalmente consegui um vaso recheado. Agora só espero que o cebolinho não crie um tubérculo grande como o da cebola. É que juntinhos como estão os rebentos não sei se há espaço no vaso para acomodar mais alguma coisa.
Estou deveras curioso para saber o que vai acontecer neste vaso. Se o cebolinho criar um tubérculo o vaso ainda é capaz de explodir. Hi, hi, hi. BOOOOMM!
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