Ontem passei o dia com dor de garganta. O pequeno passou o dia meio chocho e com um pingo a escorrer-lhe do nariz, o que em nove meses de vida nunca lhe tinha acontecido. À noite, pelas 21h, medi-lhe a temperatura e estava com 38º. Levou logo com um supositório. Continuou chocho e eu a controlar-lhe a temperatura. À meia-noite dei-lhe o leitinho e ficou a dormir na sua caminha com o aquecedor ligado.
Era 1h30 e ouço-o a choramingar. Dei com ele vermelhíssimo nas bochechas e nas orelhas e a tremer. Entrei em pânico. Embrulhei-o numa manta e levei-o para o nosso quarto para pedir a opinião ao marido do que devia fazer. Estava com 39º. Ele começou logo com coisas de que se chegasse aos 40º era perigoso. Como se eu não estivesse já enervada que chegue. Disse também que se ele tremia era porque tinha frio mas eu achei que não. De qualquer forma ele foi da opinião de irmos para o hospital uma vez que o próximo supositório só podia ser dado às 5h.
Lembrei-me que existe a linha Saúde 24 (808 24 24 24). Liguei para lá e a enfermeira que me atendeu foi cinco estrelas. Disse para lhe irmos tirando roupa gradualmente até ele deixar de tremer e depois esfregar-lhe as costas com uma toalha morna para ativar a circulação nessa zona. Isto para baixar a febre até aos 37º. Ficou combinado que daí a 45 minutos me ligava para saber como ele estava. Nessa altura tinha baixado dos 39º para os 38º e passámos à fase da toalha morna.
3h30 da manhã. O marido foi tentar dormir e eu fiquei a adormecê-lo. 4h da manhã: o menino fica a dormir na cama dele e eu fui para a minha. 4h15: chora. Fiquei na poltrona do quarto dele com ele ao colo até às 5h, hora do próximo supositório. Depois desse já baixou para os 37º e finalmente conseguiu adormecer.
6h da manhã: fui-me deitar. 8h20: hora de levantar.
E foi assim a nossa noite. Desesperados para não ver o número quarenta no termómetro e para dormirmos que já lá vão três noites para esquecer. Vida de pais de primeira viagem não é fácil.
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