Estive a fazer uma análise introspectiva durante uns bons quatro segundos e cheguei a uma conclusão: com o passar dos anos estou a perder aquela perspicácia que a maioria das mulheres tem de despachar vários assuntos ao mesmo tempo, principalmente nestas épocas festivas. Até há dois anos atrás conseguia fazer as compras de Natal numa hora, embrulhar os presentes noutra hora e organizar roupas e sobremesas noutra hora.
No ano passado já notei alguma dificuldade em concretizar estas tarefas. Este ano está a ser o desastre total. Ando há dias e dias a tratar disto e daquilo - até arranjei uma agenda para me organizar - e parece que falta tudo. Deve ter sido a maternidade. Acho que o cachopo me roubo a esperteza, a agilidade, a paciência, enfim quase tudo.
Mas tenho que respirar fundo e seguir para a frente. Hoje deixei o miúdo com o marido durante duas horas. Fiz uma lista do que tinha para comprar e saí confiante. Voltei com uma valente dor de pés e sem gastar um tostão. Valeu pelo exercício.
Não sei como é no resto do país mas por cá temos duas opções: ou vamos à chinesada ou a lojas que nos deixam à beira do endividamento. Além disso já há um tempo que não comprava roupa e fiquei chocada com as opções que tinha à minha disposição:
a) camisolas de lã largueironas de manga curta;
b) vestidos de cabedal ou tigresse justinhos;
c) calças justas tipo segunda pele com camisas transparentes.
Mais engraçado ainda foi ver mulheres vestidas com a opção c) a comprar a opção c). Enfim... Voltei para casa completamente frustrada e confusa e sem saber o que comprar ao nível de vestimentas natalícias. É que a família é tudo gente simples. Não me estava a apetecer nada aparecer como se fosse sair para a night à procura de engate fácil e duvidoso. Mas também não queria ter o aspecto de quem se vai sentar enroscadinha com um chá quentinho à lareira. Oh senhores...
Imagem de Travac Tours.
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