- Amor, o que é que tu queres para o teu aniversário?
- Oh! Não é preciso nada amor.
- Eh! nada?! É sempre assim.
- Pronto! Uns beijinhos chega.
- Oh! Não é preciso nada amor.
- Eh! nada?! É sempre assim.
- Pronto! Uns beijinhos chega.
Porreiro, uns beijinhos será! Mas mesmo assim ainda me lembrei de uma surpresa muito fixe. O problema é que não apontei logo o que era e esqueci-me. É pá, mas era mesmo muito fixe. Ainda tentei lembrar-me até ao dia do aniversário dela mas nada. Para tentar remediar a coisa, no dia anterior ainda aceitei a sugestão de uma colega nossa e preparei-me para lhe oferecer uma flor. À falta de melhor, uma flor resulta sempre como uma prenda, certo? No dia até tive que sair para tratar de uns assuntos, por isso tinha tudo para resultar. Porém saí de casa com a ideia na cabeça, tratei dos assuntos que tinha a tratar e na volta... esqueci-me da flor. Nisto dei-lhe apenas uns beijinhos. No momento ela estava a comer chocolate e respondeu-me que o chocolate era melhor. Como bom marido que sou, deixei-a saborear o chocolate em paz e fui à minha vidinha, como a tartaruguinha.
Aniversário à parte, que fique também claro que nestes dias não tratei só da horta e vi a salsa crescer. Apesar de ser apologista de dar chocolates a todos pelo Natal, ajudei a mulher num embrulho especial, o da minha afilhada. A minha querida esposa teve a ideia de arranjar uma caixinha toda gira para colocar uma nota dentro - sim uma nota, para mim é a melhor prenda que se pode dar, quem recebe compra o que quiser, nunca dá stresses - mas não encontrámos nada, por isso eu predispus-me a fazer uma, ou melhor, a decorar uma. Apesar de que para mim um envelope chegava muito bem.
Comprámos uma caixinha de madeira sem qualquer tratamento que decorei com tecido, da mesma forma que os vasos pequenos da horta vertical. Comecei por pintar a caixinha de branco com tinta para parede e deixei secar umas duas a três horas. Depois lixei o interior da caixa para lhe dar um toque shabby chic e forrei o exterior com tecido. Para a tampa escolhemos um tecido de cor avermelhada com desenhos de coroas em branco, e para a caixa um tecido com um tom creme com umas bolinhas mais acastanhadas. O verniz cola levou mais duas ou três horas a secar. No final aparafusei os apliques metálicos que tinha retirado para pintar.
Todo o trabalho foi feito num dia, ainda pensei deixar a secar para o dia seguinte mas a mulher gritou-me que não podia ser. Só percebi o porquê de tanta pressa às 12h do dia seguinte quando ela me disse que às 12h30 tínhamos almoço marcado com os pais dela.
Sobre o stress da mulher com a roupa, não comento. Só digo que não me importo nada de acompanhá-la às compras um dia inteiro e que gosto de a ver experimentar roupa. Neste ponto acho que eu é que sou a gaja e ela o gajo. Uma hora a experimentar roupa e farta-se. Já eu dá-me um gozo tremendo entrar numa loja, pedir todas as opiniões e mais algumas às senhoras, experimentar toda a roupa ao ponto de deixar a loja numa balburdia e, no final, não comprar nada.
Enfim, o Natal já lá vai e o miúdo delirou com as prendas. Foi uma risada vê-lo todo doido sem saber para onde se virar. Realmente com crianças o Natal tem outro sentido.
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