sexta-feira, 19 de julho de 2013
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Campanha brilhante, mas com dois grandes senãos
Na terça-feira não se falava de outra coisa. E hoje ainda mexe. A nova campanha da Fundação ANAR em Espanha para ajudar a proteger crianças em risco tornou-se viral. De manhã o meu facebook estava cheio de posts com o vídeo, à tarde ouvi na rádio no caminho da vacinação do miúdo para casa e à noite voltei a ver o vídeo no noticiário.
A minha primeira reacção deve ter sido semelhante a muita gente. Fiquei comovida a pensar que afinal ainda existe esperança. Ainda existem pessoas neste mundo que genuinamente se preocupam com o mal que o ser humano faz ao seu próximo, em particular às suas crianças. Fiquei com a sensação de que esta campanha pode ajudar a salvar a vida de muitas crianças. E é possível que até tenha alterado para sempre a vida de alguém, de alguma criança maltratada.
Mas depois, ao longo do dia, fui pensando melhor nisto. É tão marcante que uma pessoa fica sempre a pensar nisso. E fez-se o clique. Então se eu em Portugal já levei com isto n vezes em algumas horas, e tudo muito bem explicadinho de como o outdoor funciona, será que em Espanha não está a acontecer o mesmo? Será que lá este vídeo explicativo não está a ser difundido? É que se estiver, a esta hora não deve existir um único agressor em Espanha que não saiba já que os cartazes com este menino são de evitar. A não ser que esteja enclausurado sem qualquer acesso ao exterior para não ter acesso a esta campanha. Mas nesse caso, a criança agredida também o está e o objectivo da campanha perde-se.
Segundo senão: mesmo que isto não tivesse sido espalhado aos setes ventos e nenhum adulto tivesse conhecimento do "truque", a criança ao ver o outdoor com o contacto para o ajudarem não tem a percepção de que o adulto que está com ela não consegue ver essa parte da mensagem. Vai virar a cara ao lado e não se vai atrever a chegar perto do telefone com medo.
Além de tudo isto, se repararem o vídeo que está no Youtube e que já teve seis milhões e tal de visitas em quinze dias não é da autoria da Fundação ANAR mas sim da empresa de marketing que trabalhou com ela, a Grey Spain.
Mas foi bom ver como as pessoas ficaram tocadas com isto e a acreditar que realmente iria ajudar muita criança. Pode ser que sim. Espero que sim.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Primeiro de Maio, segunda ensaboadela
Ena, ena, a gaja voltou!
Disse ao marido que estava cansada de tanto teclar, que a partir de agora tomava ele conta das ocorrências mas o bichinho não sossegou e tive que voltar. Desculpem lá qualquer coisinha...
Então vamos lá às novidades extra-horta. São tantas que tive que fazer uma lista e ordená-las cronologicamente para ver se não me perco. A primeira da lista é o relato do meu dia no passado Dia do Trabalhador, dia 1 de Maio. Sim, eu sei que já lá vai ao fundo mas apetece-me falar sobre isto, aguentem-se à bronca.
Portantos, estava eu na minha vidinha na terça à noite quando recebo a cusquice que era provável que o Pingo Doce fizesse qualquer coisa semelhante com os 50% de desconto em tudo do ano passado na quarta-feira. Achei estranho. Depois disseram que este ano tinha qualquer coisa a ver com o cartão Poupa Mais, que eu tenho. E pensei cá com o meu fecho éclaire. Ora bem, eu vou ter que me levantar de madrugada de qualquer maneira para alimentar o miúdo...
No ano passado soube da coisa eram seis da tarde do próprio dia. Ingénua que sou fui lá para bater com o nariz na porta e com o segurança a dizer que já não podiam deixar entrar mais ninguém que era a loucura. Este ano saí de casa toda pimpona a pensar que desta vez não me enganavam. Mas enganaram. Ou enganei-me eu porque não havia nada para ninguém. Muito reboliço à porta logo às nove da manhã mas muito carrinho de compras a sair vazio. Foi tudo ao mesmo. Pensei eu: "bem, já que aqui estou levo umas coisinhas que me fazem falta.". Pensei eu, e meio Portugal. Espertinhos, os senhores.
Levei duas ou três coisitas para a caixa e depois é que me lembrei que mais um bocadinho e fazia 40 euros para ter os dois euros no cartão (espertinhos....). Pus-me a fazer contas de cabeça. Não chegava. Eu para a senhora atrás de mim:
- Olhe, desculpe, vou só ali buscar mais uma coisinha, está bem?- Está bem, já agora posso passar à frente que só levo este peixinho?
- Pode, pode.
Corredor 1: leite em pó. Corredor 2: azeite. Caixa, já deve chegar. Senhora da caixa:
- São 40,32€.
- Yessss! Agora queria descontar este vale de 1,50€ no leite se faz favor.
- Ah mas se fizer isso já não tem direito ao desconto no cartão Poupa Mais. E olhe que hoje 40€ dão 4€!
- E agora é que me dizem?! Então deixe lá o vale. À velocidade a que gasto leite amanhã já cá estou batida.
A isto se chama marketing de guerrilha com retroactivos. Sem mexerem um dedo este ano ainda lucraram à conta da campanha do ano passado. Só tenho a fazer-lhes muitas e muitas vénias e esperar um dia ter assim tão boas ideias que duram e duram e duram.
- Ah e tal, no dia do Trabalhador ninguém devia trabalhar.
- Ah e tal, coitadinhos dos empregados estão lá a receber o dobro ou mais.
- Ah e tal, são uns aproveitadores do Povo.
Sim, eu sei disso tudo.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Esta hortelã parece cidreira
Na altura em que plantámos a hortelã fiquei ligeiramente desconfiado em relação a um dos rebentos da dita hortelã. Apesar de não perceber muito de agricultura, sou apreciador de uma boa caracolada, cuja confecção utiliza hortelã como tempero, e a verdade é que um dos rebentos nunca me fez lembrar muito a dita erva aromática. Por outro lado, na minha infância brinquei muito nos campos e as urtigas, aquelas plantas que dão uma comichão desgraçada quando entram em contacto com a pele, têm um aspecto muito semelhante ao da erva cidreira. Tão semelhante que por uns tempos cheguei a temer ter plantado um monte de urtigas.
Tiradas as dúvidas sinto-me um agricultor afortunado, pois não só consegui plantar hortelã como também cidreira, tal como planeado inicialmente.
De qualquer forma isto não deixa de ser menos embaraçoso. Por isso aprendamos a distinguir visualmente a hortelã da cidreira. Como podem ver pelas fotografias a hortelã tem folhas ovais enquanto que a cidreira tem folhas em forma de coração.
Portanto agora já sabem... desculpem e ignorem algumas das alarvidades passadas. Quanto às urtigas, elas nascem praticamente do nada, se quiserem deixo crescer um monte delas para explicar as diferenças. Boas culturas e até breve.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Parabéns Miúdo (Parte II)
Mesmo em crise a avó fez questão de oferecer ao netinho um brinquedo novo, um pequeno comboio para ele cavalgar. Podia ter sido uma aranha, mas como dizem que isso não é muito recomendável, porque atrasa o andar do miúdo, é perigoso, etc e tal, a avó escolheu um brinquedo mais indicado para a fase de transição de gatinhar para andar. Entretanto o miúdo já dominou o veículo e para orgulho do pai já saca cavalinho e tudo.
Quando ele está montado no seu comboiozinho adoro por-lhe uma bola de futebol à frente. Ele sorri, finca os pés no chão, dá dois empurrões fortes e avança a toda a velocidade em direção à bola até que pumba... A bola sai disparada ele solta uma ou duas gargalhadas e eu parto-me a rir com ele.
Quanto ao bolo de aniversário, desta vez foi um bocadinho maior e teve direito a uma imagem do UKI, os desenhos animados que parece que mais lhe despertam o interesse. Digo parece porque ele não é miúdo de passar muito tempo agarrado à televisão a ver bonecos, por isso na altura de escolhermos uma imagem para o bolo deixámos-lo escolher. Pois entre toda a bonecada que ele viu a imagem do UKI foi a única à qual ele reagiu com entusiasmo. A reação foi tão engraçada que folheámos várias vezes o catálogo para termos a certeza, e sempre que aparecia o UKI ele apontava o dedo e exclamava: uh! uh!
E pronto, com isto damos finalmente por terminada a festa do primeiro aniversário do miúdo. Quanto ao blog, infelizmente a Fofuxa está um bocado cansada da brincadeira. Portanto a partir de agora terei que ser eu, que nunca gostei de ler nem escrever, a por Uma vaca na varanda a mexer novamente. Vai ser certamente um desafio mas espero estar à altura. Até breve.
sexta-feira, 29 de março de 2013
Parabéns Miúdo (Parte I)
Na segunda-feira o nosso menino fez um aninho de vida. Até parece mentira. Se me concentrar bem acho que ainda sinto aqui uma dorzita em cima de uma pontada. Passei o dia a relembrar onde é que eu estava há um ano atrás e o que estava a sentir. Ao nível de sentimentos e de dores. E o tempo que estava? Há um ano atrás estava um sol espetacular e esta semana tem sido o que se vê.
Nunca fomos muito dados a grandes festas. Mas um marco destes não podia passar em branco. Por isso convidámos só a família e os amigos mais próximos para comemorarmos o primeiro aniversário do nosso pequerrucho. Neste caso só a família do meu lado.
Foi só um jantar simples e depois um bolinho com respetivo «Parabéns a você». O miúdo quando se viu com o bolo à frente tratou logo de averiguar ao que é que sabia. Tivemos que cantar os parabéns a correr ou teríamos que comer o bolo das nossas próprias roupas. Foi muito divertido.
Acredito que o nosso bebé teve um primeiro ano de vida muito feliz e faço tudo, todos os dias, para que continue a ser assim. Por vezes sentimo-nos cansados e sem paciência nenhuma, mas depois ele lança-nos um dos seus sorrisos à estrela de cinema e passa tudo.
Amanhã temos a 2ª parte da festa de aniversário, agora com a família do lado dele.
quinta-feira, 21 de março de 2013
João e o pé de feijão
Na última intervenção da Fofuxa sobre a nossa horta-jardim de varanda ela estava desejosa pelos dias amenos da primavera para poder usufruir do conforto do arquibanco. Na altura falámos sobre a mesa que falta construir e como devíamos arranjar a parte da varanda reservada ao jardim. Posso adiantar que eu já tenho uma ideia arrojada para a área do jardim mas por enquanto vai ter que esperar. A horta ainda tem espaço para mais uma grande cultura.
Outrora, em jeito de brincadeira, falámos em semear milho até ao teto. Ora, isso não cabe na cabeça de ninguém! Como sabem a varanda não apanha assim tanto sol que dê para amadurecer o milho. Em vez disso vamos semear feijão verde até ao teto. Nem mais! Assim como na fábula «O João e o pé de feijão» que tantas vezes ouvi contar na minha infância. É um bocado batota começar já no segundo andar, mas paciência, é o que temos.
Imagem de: The Doodle Diner.
terça-feira, 5 de março de 2013
O verdadeiro Harlem Shake
Informaram-me hoje que a praga do suposto Harlem Shake começou há cerca de um mês mas só soube que ela existia na passada quinta-feira. Chega-me o homem a casa para almoçar e diz que anda tudo maluco e que toda a gente anda a fazer isso.
- Mas o que é isso?!
- É tipo um gajo a dançar uma música parva com pessoas paradas à volta e depois essas pessoas ficam malucas também e dançam todas parvas.
- Aahh... Então e isso está a virar moda?!...
- Moda?! É uma epidemia! Está por todo o lado!
- Realmente as pessoas entretêm-se com cada coisa...
Isto é cultura. Isto é arte. Isto é magia.
- Mas o que é isso?!
- É tipo um gajo a dançar uma música parva com pessoas paradas à volta e depois essas pessoas ficam malucas também e dançam todas parvas.
- Aahh... Então e isso está a virar moda?!...
- Moda?! É uma epidemia! Está por todo o lado!
- Realmente as pessoas entretêm-se com cada coisa...
Passou-se. Mas fiquei com a pulga atrás da orelha. Assim que tive dois segundos fui pesquisar. Pesquisando por "Harlem Shake" no YouTube levei logo com a epidemia no meio da testa. Pus-me a pensar que o ser humano não pode ter gerado tal monstruosidade do nada só porque sim.
Aprofundei mais a temática e fez-se luz. Já sei que vou super atrasada, que nestas coisas da internet dois dias é uma eternidade, mas pode ser que ainda ajude a sossegar alguma alminha que ande por aí atormentada com isto.
O verdadeiro Harlem Shake é um tipo de dança originário no bairro nova-iorquino Harlem em 1981. Os seus moradores encontraram neste tipo de dança uma forma de expulsar as más energias e viverem com mais boa disposição. O verdadeiro Harlem Shake é isto:
O verdadeiro Harlem Shake é um tipo de dança originário no bairro nova-iorquino Harlem em 1981. Os seus moradores encontraram neste tipo de dança uma forma de expulsar as más energias e viverem com mais boa disposição. O verdadeiro Harlem Shake é isto:
Isto é cultura. Isto é arte. Isto é magia.
Depois há o meme do Harlem Shake que acho que já dispensa apresentações. Acho que como afastador de más energias não deve ter grande resultados. É capaz é de afastar toda a gente num raio de 5 km. Aahh e tal mas é engraçado... NÃO! Aahh e tal é só uma brincadeira... NÃO! Querem brincar façam o pino ou dancem a macarena, isso é só parvo, mais nada.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
A mulher com mais estilo da ficção portuguesa
Credo, já passaram 24 dias desde a última vez que dei ares da minha graça?! Mas onde é que eu gasto o meu tempo, senhores?! Como é que dantes conseguia vir aqui escrever todos os dias?! O que vale é o marido que vos tem vindo contar as novidades. Mas já se sabe, os gajos têm sempre conversas mais... de gajo. E já estamos a precisar de uma lufadasinha de estilo, bom gosto e coisas que nos levantem a moral.
Ora tomem lá!
Desde a novela «Laços de Sangue» que só consigo ver novelas da SIC. Só Portuguesas. E muito graças a esta senhora, Joana Santos. A classe, o estilo, a postura, tudo de bom. Mas agora, na novela «Dancin' Days», com a personagem Júlia Matos ela chegou lá a cima, ao top. Primeiro porque faz um papel espectacular e passou a ser a minha actriz preferida de todo o sempre. Respect. Mas aquele guarda-roupa e sapatos, aquela maquilhagem e cabelo, aquela postura e confiança. Eu sei que é tudo ficção, que há uma grande equipa a preparar todos os pormenores do figurino, mas que faz bem à vista faz.
O nervoso miudinho que este vestido criou quando ela apareceu pela primeira vez com ele na novela. Foi o vestido com que ela regressou de Itália. E que grande regresso. Assim que lhe pus os olhos em cima perguntei-me logo onde será que arranjaria uma coisinha assim, e por quantos tostões. Mais tarde apercebi-me que esta reação foi a de muitas mulheres portuguesas. São paletes delas a perguntar na net onde se arranja este modelito, mas até agora ainda não sei a resposta.
E o bom que era acordarmos com este aspecto logo de manhã, todos os dias, sem ter que mexer uma palha? É que até nas cenas em que ela faz que acabou de acordar tem muito melhor aspecto do que eu tenho a meio da tarde. Sim, estou a roer-me de inveja. Mas também não faço muito para estar melhor. O meu guarda-roupa nos últimos tempos tem se resumido a calças de fato-de-treino e sweats. Sem acessórios. Sem maquilhagem. Sem unhas pintadas. Sem perfume. Uma desgraceira. Entrei naquele modo de o-meu-filho-ama-me-assim-como-sou mas não pode ser. Tenho um marido para quem parecer bem e sobretudo a mim.
Quem me ouvir falar até pensa que eu já tive este aspecto mas que a maternidade me mandou abaixo. Nada disso, basicamente sempre fui assim desleixada. O que eu precisava mesmo era de ir também uns mesitos para Itália, queimar os meus trapinhos todos e começar do zero. Mas com vontade. Aquela vontade que nos faz levantar às sete da matina para demorar duas horas a pôr cremes e bases e eyeliner e acessórios e enroladores de cabelo e saltos altos... Ok, fica para a minha próxima vida. Por agora contento-me em lavar as vistas com esta senhora um bocadinho a correr à noite.
E perguntam vocês: mas o que é que isto tem a ver com hortas? Nada! Mas também nem só de hortas vive uma mulher, certo?
Imagens de sic.sapo.pt.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Palavra do dia: DESCONHECIDO
Estava eu tranquilo à frente do computador na minha vidinha quando de repente aparece uma mensagem no ecrã a dizer «dispositivo USB desconhecido».
- Maaaaau! Mas o que é que se passa aqui? Eu não liguei nada ao PC... está-se a passar só pode! Ou então apanhou uma virose, queres ver. Era só o que me faltava agora.
Nisto olhei para baixo para investigar melhor a máquina. Como esperado nenhum dispositivo USB estava ligado ao computador. Apenas encontrei o miúdo sentado à minha beira na brincadeira. Reparei melhor e o adaptador USB para mini USB que normalmente tenho ligado ao computador estava pendurado e a balançar.
- Não pode?! Será?
Foi mesmo! O sacanita do miúdo colocou a ponta mini USB na boca e o sistema operativo tentou instalá-lo...
Brutal! Isto agora deixou-me a pensar. Será que se desenvolver uns controladores adequados consigo que o sistema operativo reconheça o miúdo? Com um bocado de investigação talvez consiga programar o cachopo para adormecer sem chatices. Até que dava jeito. É que não sei se estão a ver mas a fofuxa passa um tormento todas as noites para o adormecer. Já lhe disse para ela não lutar com o filho quando ele não lhe apetece dormir, mas ela teima sempre em levar a dela avante...
Será que em vez de programar o miúdo consigo programar a mãe? Isso sim é que era!
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Progressos da horta
A azáfama nos últimos dias foi tanta que nem tempo tive para ver a salsa crescer, só cuidei de não deixar faltar a água às culturas. Felizmente a rede sombreira não funciona mal como filtro de partículas. De outra forma acho que depois deste tempo todo sem manutenção a varanda estaria toda cheia de carvão. Mesmo assim no próximo fim de semana tenho que zelar o espaço. Mas antes de começar com as alarvidades do costume vamos ver como está a horta.
De tudo o que semeámos e plantámos até agora, os tomateiros são a sementeira que mais tem crescido. De todos os rebentos que nasceram ficámos apenas com dois. Os restantes levei-os para o meu padrinho plantar numa pequena estufa construída à pressão. Na próxima vez que for à terrinha tiro fotografias para vos mostrar.
A salsa, aguentou todas as tropelias a que foi sujeita e já desenvolveu bastante. Se tudo correr bem penso que conseguiremos tirar os primeiros proveitos da horta lá para o final do mês. Só ainda não colhemos salsa porque as folhas da que foi plantada apanham uma moléstia qualquer logo após crescerem um bocadinho, como que lhes aparece umas pequenas manchas castanhas. Não sei se está meia atrofiada ou coisa assim, mas pelo andar da carruagem vamos ter que substituir a salsa deste vaso por outra planta, talvez manjerição ou malagueta.
O tomilho ainda está pequenino mas já enche o vaso. Estou deveras curioso para ver como se vai desenvolver.
Para terminar a visita de hoje, temos o espinafre, a nossa cultura mais antiga. Por esta altura esperava que estive mais crescido e já começo a ficar com dúvidas se resultará como planeado. No entanto o tempo até não tem estado nada mal e ultimamente parece que desenvolveu mais do que o habitual, apresentando já as primeiras guias e um tamanho de folha considerável. Vamos ver como progride, pode ser que ainda dê para uma sopa ou duas por ano.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
O miúdo já gatinha
É oficial. No dia 20 de janeiro de 2012 o nosso mai-novo começou a gatinhar! Ele já andava há umas semanas valentes a tentar. Só que o cérebro dele dizia-lhe que a forma correta de gatinhar era espetar a cabeça no chão e fazer força com os braços e as pernas. Escusado será dizer que se fartava de espernear sem sair do lugar.
Estávamos todos em casa dos meus pais. O móvel da televisão tem portas de vidro e lá em casa está reservado para as bolachinhas, chocolates e outras coisas boas do género. Lá ninguém se preocupa em pôr essas coisas fora da vista para não se cair em tentação. Se está lá é para se comer. Ora, o miúdo ainda não faz ideia do bom que é o chocolate, mas já sabe o que são papéis brilhantes e aquele armário tem sempre alguns. Acontece que às vezes sentamos-lo para brincar no tapete da sala que fica mesmo em frente ao dito armário. Antes ele olhava para o armário e espetava a cabeça no chão sem grandes resultados. Desta vez fez o mesmo mas à segunda tentativa os seus neuroniozinhos devem ter descoberto mais uma ligação e - tungas! - levantou a cabeça e toca de dar aos braços e às pernas. Chegou ao armário num instante e eu pus-me logo aos gritos que o miúdo já gatinhava.
Esse momento foi uma lição para a vida. Desde então nunca mais o vi a espetar a cabeça no chão. Miúdo esperto! Agora corre a casa toda. Tenho que andar sempre de olho nele e a fechar-lhe as portas. Sinceramente, acho-o tão despachado que sempre pensei que ele saltasse a fase do gatinhar e desatasse logo a andar. Mas afinal não. O miúdo é tão fofo que quis presentear-nos com o seu super estilo de gatinhanço. O pai não sei se chegou a gatinhar. Eu adotei a versão de andar de rabo de rojo. De qualquer forma parece-me que esta fase de gatinhar vai durar pouco tempo porque o pioninhas já se levanta agarrado aos móveis. Está cheio de pressa o cachopo!
É mesmo fixe ver a evolução do pequeno. Se há por aí alguém que está na dúvida se deve ter filhos ou não, recomendo. Cuidar dos filhos é o trabalho mais cansativo que algum dia poderão ter, desde o momento em que eles nascem que andamos sempre com o coração nas mãos, mas não há dúvida que é mesmo a melhor coisa da vida.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Coentro, para que te quero?
Uma vez a fofuxa levou-me a jantar a um restaurante indiano e eu fiquei meio enjoado com o sabor carregado da comida. Se não estou em erro, os indianos gostam de abusar no coentro e no caril para condimentar os seus pratos. Mesmo assim, tenho a ideia que o coentro vai bem com uma sopa ou um arroz de peixe, moderadamente claro. Aliás, foi precisamente a pensar nisso que comprei as sementes de coentro. A mulher de vez em quando faz arroz de peixe e acho que o coentro vai dar sabor especial ao prato. Já a sopa de peixe, cá em casa ela nunca a fez, mas depois do coentro crescer acho que vai experimentar.
Até ver o coentro está a crescer bem. O vaso já está todo composto e os rebentos fazem lembrar a salsa. As duas plantas têm folhas trifoliadas, mas as do coentro são mais rendilhadas do que as da salsa. De qualquer forma não é de admirar porque parece que o coentro e a salsa pertencem à mesma família, tal como a cenoura curiosamente. E pensando bem no caso, realmente a salsa cria uma raiz comprida que faz lembrar uma cenoura mirrada e as folhas da cenoura também têm alguma semelhança com as da salsa. Será que o coentro também cria uma raiz comprida? Se criar pode revelar-se má ideia criar coentro em vasos, tal como já ouvi dizer para a salsa.
Para minha surpresa, as sementes de coentro ainda são granditas, quando comparadas com as sementes das aromáticas que já semeámos até agora. Não sei porquê esperava uma semente mais pequena. Ainda assim semeei esta planta da mesma forma que as outras. Espalhei umas quantas sementes no vaso e depois cobri-as com uma fina camada de terra. Reguei sempre que necessário e esperei que acontecesse o milagre da viva.
Ao fim de alguns dias germinaram as primeiras sementes. Por esta altura isto já não é novidade por aqui, mas continuo a adorar esta fase. É fantástico ver os rebentos a brotar da terra e as folhas a tomar forma.
E pronto. Com este post terminamos a apresentação de todas as culturas da horta vertical, pelo menos por agora. Mas não pensem que com isto se acabaram os textos sobre a horta. Não senhor! O espaço é pouco mas na área reservada para a horta ainda temos uma parede com 60 centímetros de largura toda livre. O que será que lá vamos fazer?
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Palavra do dia: POINT
Este é mais um post para se rirem às minhas custas, porque eu sou assim: altruísta.
Por motivos que agora não interessam nada, tive que falar ao telefone com um operador que estava do outro lado do mundo, em inglês, para terminar um processo de compra. Quando percebi que tinha de o fazer, ou corria o risco de a coisa ficar a meio, toda eu tremi até receber a bendita chamada. O que vale é que não demorou muito até o telefone tocar.
Basicamente o senhor telefonou para confirmar que eu não estava a fazer nenhuma falcatrua e queria que eu lhe dissesse o e-mail que inseri nos dados da compra. Pensei eu: "'É canja". E respondi ao senhor:
- Hummm, bla POINT bla (bolas como é que se diz arroba), humm... AT bla POINT pt.
- ... Ok, thank you, you will receive the link for download on your e-mail.
- ... Ok, thank you, you will receive the link for download on your e-mail.
Desliguei o telefone, suspirei de alivio e comentei com o marido:
- Ena, até foi fácil! Mas, estou com a sensação de que não disse o e-mail da forma correta. Achas que disse bem?
- Pois, também não me soou lá muito bem...
- Pois, também não me soou lá muito bem...
Durante alguns segundos fez-se silêncio.
- Já sei, foi o ponto! Não se diz POINT, diz-se DOT!
CLAP! Dei uma palmada na minha testa e procurei um buraco para me enfiar. Nisto o marido virou-se a rir e eu acabei por o acompanhar. Mas que vergonha! Vivemos na era da globalização e eu nem o meu e-mail sei dizer corretamente em inglês. Acho que era o mínimo dos mínimos que se podia pedir e nem isso consegui acertar.
Pronto, agora já sabem como dizer o vosso e-mail em inglês. Vocês e eu! Para a próxima já digo dot em vez de point... ou então não :)
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Palavra do dia: CHIU
Chiu: palavra de origem onomatopaica, interjeição, expressão usada para impor silêncio. O mesmo que caluda.
Nos últimos nove meses esta palavra tem sido muito usada cá em casa, unicamente pela minha pessoa. A partir de hoje é palavra proibida. Quase sempre que o marido chega a casa depois de um dia de trabalho o menino está a dormir. Assim que ele abre a boca para dizer alguma coisa o meu instinto faz-me logo dizer "chiiiiuu". É mais rápido do que o meu pensamento. O marido fica imediatamente mal disposto, a dizer que já não se pode falar nesta casa. Eu fico cheia de remorsos e a pensar que estava bem calada. E o resto do dia é uma treta.
Por isso é ponto assente. A partir de hoje não se diz mais chiu nesta casa. Se o cachopo tiver que acordar acorda. Dorme mais a seguir. Como isto já me está tão enraizado, suspeito que não vai ser fácil largar este hábito. Vou usar a técnica de dar uma palmada na boca cada vez que me sair um chiu. Acho que vou andar um bocado amorada durante uns tempos.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Os nossos leitores são o máximo
Jesus, Maria, José! Há cinco dias que não damos notícias. Não pode ser! E aconteceu tanta coisas nestes dias... a Gabriela acabou, tivemos um temporal do caneco e mais outras coisas que não havia necessidade nenhuma, mas são desígnios do destino. Cenas cósmicas, como diz a minha amiga Ana. Enfim... já passou! Estamos cá é para animar a malta. Os cortinados de rede sombreira estão no mesmo sítio e a nossa horta de varanda continua linda!
Como sabem, a primeira fase das votações para melhor blogue de 2012 terminou no passado fim de semana. Ficámos em sexto lugar na categoria Botânica, Horticultura e Jardinagem - um orgulho! E foi um orgulho por várias razões. Primeiro porque tivemos uma data de gente boa a dar-se ao trabalho de ir lá votar no nosso blogue e mostrar que nos acham uns tipos porreiros. Depois porque este espaço só tem meia dúzia de meses - literalmente - e já vai nestes voos tão altos ao lado de verdadeiros gigantes da blogosfera. Mas há mais! Fosse eu uma gaja atenta e teríamos entrado na corrida logo no seu início como os outros. É que não sei se estão a ver?! Apenas cinco votitos nos separaram do quinto lugar. Como diz o outro, faltou-nos uma bocadinho assim - pequenino - para passarmos à fase final.
Disse que entrámos na corrida só porque achámos giro, mas agora confesso que me teria dado um gostinho especial ver Uma vaca na varanda no top 5. Mas pronto, para o ano há mais e da próxima vez vou tentar estar mais atenta.
Muito obrigada cá do fundinho a todos os que nos seguem e que demonstraram o seu carinho.
Prometo que vamos continuar sempre em altas!
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Arquibanco fofinho
Digam lá, pensavam que já me tinha esquecido da decoração do arquibanco, não pensavam? Na nossa varanda nunca abandonamos uma ideia. A coisa pode é demorar o seu tempo. Neste caso levou tempo a ser partilhada aqui convosco, porque isto até já está feito há um tempito.
Então, vamos recapitular por alto como o nosso arquibanco chegou àquilo que é hoje. Primeiro comprámos um arquibanco simples na feira aqui da terra. Depois pintámos-lo de branco com acabamento decapê para ficar com um aspeto shabby chic. Finalmente veio a parte da decoração mais vistosa. Comprei os tecidos, pedi esponja para o assento ao meu tio e entreguei tudo à minha mãe para que ela fizesse a sua magia.
No meio do processo ainda comprei cordel para fazer o pormenor maravilhoso em toda a volta do assento. Também comprei sumaúma para encher as almofadas. Pensei em comprar também um fecho para colocar na lateral do assento para ser mais fácil lavar o tecido, mas a minha mãe conseguiu arranjar-me um de trinta centímetros e ficou o problema resolvido.
Pode ser dos meus olhos, mas não acham que ficou mesmo espetacular? A minha mãe é uma artista. Nunca pensei vir a ter uma coisa tão fofa na varanda do "nosso" apartamento. Deixo alguns pormenores para se deliciarem.
Agora que tenho um espaço tão lindo e acolhedor para me sentar à varanda, não vejo a hora de chegarem os dias amenos e soalheiros da primavera para me deliciar com um chazinho. Por falar nisso, agora o que ficava aqui mesmo bem era uma mesinha para ter onde poisar a chávena, o bule e um pratinho de biscoitos, não era? Ó marido, precisamos de falar.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Palavra da noite: QUARENTA
Ontem passei o dia com dor de garganta. O pequeno passou o dia meio chocho e com um pingo a escorrer-lhe do nariz, o que em nove meses de vida nunca lhe tinha acontecido. À noite, pelas 21h, medi-lhe a temperatura e estava com 38º. Levou logo com um supositório. Continuou chocho e eu a controlar-lhe a temperatura. À meia-noite dei-lhe o leitinho e ficou a dormir na sua caminha com o aquecedor ligado.
Era 1h30 e ouço-o a choramingar. Dei com ele vermelhíssimo nas bochechas e nas orelhas e a tremer. Entrei em pânico. Embrulhei-o numa manta e levei-o para o nosso quarto para pedir a opinião ao marido do que devia fazer. Estava com 39º. Ele começou logo com coisas de que se chegasse aos 40º era perigoso. Como se eu não estivesse já enervada que chegue. Disse também que se ele tremia era porque tinha frio mas eu achei que não. De qualquer forma ele foi da opinião de irmos para o hospital uma vez que o próximo supositório só podia ser dado às 5h.
Lembrei-me que existe a linha Saúde 24 (808 24 24 24). Liguei para lá e a enfermeira que me atendeu foi cinco estrelas. Disse para lhe irmos tirando roupa gradualmente até ele deixar de tremer e depois esfregar-lhe as costas com uma toalha morna para ativar a circulação nessa zona. Isto para baixar a febre até aos 37º. Ficou combinado que daí a 45 minutos me ligava para saber como ele estava. Nessa altura tinha baixado dos 39º para os 38º e passámos à fase da toalha morna.
3h30 da manhã. O marido foi tentar dormir e eu fiquei a adormecê-lo. 4h da manhã: o menino fica a dormir na cama dele e eu fui para a minha. 4h15: chora. Fiquei na poltrona do quarto dele com ele ao colo até às 5h, hora do próximo supositório. Depois desse já baixou para os 37º e finalmente conseguiu adormecer.
6h da manhã: fui-me deitar. 8h20: hora de levantar.
E foi assim a nossa noite. Desesperados para não ver o número quarenta no termómetro e para dormirmos que já lá vão três noites para esquecer. Vida de pais de primeira viagem não é fácil.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Cebolinho, és tão fininho!
O cebolinho é fininho! É verdade camaradas. É tão fininho que tive que o semear por duas vezes para conseguir exemplares suficientes para encher o vaso. E olhem que o vaso não é muito grande, antes pelo contrário, até é bem pequeno. Faz-me lembrar o dia em que apresentei a Fofuxa à minha avozita.
- Avó, apresento-te a minha namorada! Que tal? É bonita não é?
- É, é, filho! É fininha!
- É, é, filho! É fininha!
A minha avó é um espetáculo, mas vê muito mal. Só conseguiu ver que ela é fininha. Coitadinha da minha velhota.
Agora o vaso está a transbordar cebolinho, mas nem sempre assim foi. Há muito, muito tempo atrás, o vaso só tinha terra. Para semear o cebolinho reguei a terra com água e espalhei uma mão cheia de sementes no vaso. As sementes são pequenas e pretas. Cobria-as apenas com um pouco de terra e deixei ficar.
Como sempre, ao fim de meia dúzia de dias brotaram os primeiros rebentos. Menos do que o esperado. O cebolinho nasce dobrado e só depois é que se endireita em direção à luz. Não têm folhas, só caule, verde e pontiagudo. Parecem agulhas espetadas na terra.
Para compor melhor o vaso semeei mais uns quantos no meio dos ainda pequeninos rebentos de cebolinho. Só quando nasceu a segunda remessa é que finalmente consegui um vaso recheado. Agora só espero que o cebolinho não crie um tubérculo grande como o da cebola. É que juntinhos como estão os rebentos não sei se há espaço no vaso para acomodar mais alguma coisa.
Estou deveras curioso para saber o que vai acontecer neste vaso. Se o cebolinho criar um tubérculo o vaso ainda é capaz de explodir. Hi, hi, hi. BOOOOMM!
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Vote no melhor blogue do ano
Caríssimos,
entrámos neste mundo da blogosfera há coisa de seis meses sem fazermos a mínima de onde nos estávamos a meter. Isto dá uma trabalheira descomunal, mas também serve para deitarmos cá para fora tudo o que nos apetece. E isso é bom.
Nesta altura do campeonato já fizemos muitos amigos, criámos ligações com pessoas que percebem mais de hortas e afins do que nós e sentimos que estamos no bom caminho. O apoio e carinho que os nossos leitores têm demonstrado fazem-nos pensar que devemos estar a fazer algo bom. Isso dá-nos ganas de levar tudo à frente e pôr as pessoas a criar hortas em espaços pequenos. Mas acima de tudo ficamos ainda com mais vontade de levar boa disposição a esta malta da pesada.
Este parlapié todo para vos dizer que decidimos inscrever-nos este ano para melhor blogue de 2013. Não, ninguém nos nomeou. Não, não temos a mania. Apenas gostamos da ideia de, durante uma semana, pertencermos à mesma lista que grandes monstros da blogosfera. Para além disso, queremos dar uma oportunidade aos nossos queridos leitores de demonstrarem como já não conseguem passar sem nós (hihihi).
Agora a sério, achámos que era giro e pronto. Quem quiser dar-nos uma forcinha pode votar em nós em três categorias diferentes:
Podem votar uma vez por dia, em todas as três categorias, até ao próximo sábado, dia 19. Muito obrigada a todos pelo vosso apoio. Estamos cá para vos oferecer sorrisos. Ri-te macambúzio!
sábado, 12 de janeiro de 2013
Palavra do dia: PRIOLO
Hoje vi uma reportagem na SIC sobre o Priolo. E perguntam vocês: mas o que é um priolo? Um priolo é um passarinho muito fofo que só existe na ilha de São Miguel nos Açores, o seu habitat é predominantemente a floresta Laurissilva. Esta floresta está a ser invadida por plantas exóticas e isso colocou este passarinho em perigo de extinção.
Como diz o senhor Malato, já fui muito feliz em São Miguel. Identifiquei-me tanto com esta reportagem que resolvi falar aqui dela. Existe uma equipa esforçada e empenhada em ajudar a preservar as condições ideais naquela zona para que estes passarinhos se possam reproduzir e viver felizes. Esta equipa dedica-se principalmente a erradicar as plantas exóticas - que teimam em invadir a floresta Laurissilva - e a proteger as espécies autóctones.
Para apoiar esta iniciativa e angariar fundos para ajudar esta equipa foi criada uma página para esse efeito. Esta página também tem um vídeo muito bonito e explicativo do problema e das soluções encontradas. Fica aqui a minha contribuição no passa palavra por esta causa. Um grande bem-haja a todos os que se dedicam a estas causas tão nobres.
Imagem de: Açores, As 9 Maravilhas da Natureza.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Palavra do dia: CHARME
Hoje fomos com o pequenino fazer uma ecografia. A nossa médica de família suspeitou que ele tivesse gerado uma hérnia de esforço na zona das virilhas. Paniquei o dia todo, estava a ver que nunca mais chegava a hora.
Aguardámos um bocado na sala de espera e foi só distribuir charme. Eram velhinhas, crianças, senhoras, todos. O pequeno olhava para as pessoas a ver se as conhecia, elas olhavam de volta e tungas! Um sorriso rasgado e o dedito a apontar. E depois foi só:
- Aí que fofo!
- Ai tão simpático!
- Olá! Cutxi-Cutchi.
- Ó bate palminhas! Tininho, Tininho.
- Ah ele ainda não faz nada disso. Só agora aprendeu a apontar.
- Então mas que idade tem ele?
- Nove meses.
- Nove meses?!
- Ai tão simpático!
- Olá! Cutxi-Cutchi.
- Ó bate palminhas! Tininho, Tininho.
- Ah ele ainda não faz nada disso. Só agora aprendeu a apontar.
- Então mas que idade tem ele?
- Nove meses.
- Nove meses?!
O raça do miúdo é tão fofo, tão fofo que até o dia do senhor doutor ele animou.
- Oh pequenino, passei o dia a ouvir bebés a chorar. É mesmo bom terminar o dia com um simpático como tu.
E o meu coração derreteu. No final ainda tive a boa notícia de que ele não tem hérnia nenhuma e que está ali para as curvas. E tungas! Derreteu outra vez.
Tomilho para o inverno
Lembram-se de eu andar a pesquisar a melhor forma e altura de cultivar o tomilho? Pois podem esquecer. Há uns tempos deram umas ganas ao marido e foi comprar sementes de tudo o que lhe apareceu à frente, dentro do que já tínhamos combinado que íamos semear. Na altura chegou-me a casa com quatro embalagens de sementes: tomilho, cebolinho, coentro e salsa. Disse que ia semear tudo a eito.
- Então mas não temos que respeitar a época de cultivo? Eles dizem que é na Primavera...
- Quero lá saber! Eu quero é começar a ver alguma coisa verde na nossa horta. Vou semear e pronto.
- Quero lá saber! Eu quero é começar a ver alguma coisa verde na nossa horta. Vou semear e pronto.
Entretanto as culturas já cresceram alguma coisa por isso é tempo de vos atualizar. Neste momento o vaso do tomilho está recheado de rebentos pequeninos. Ainda não posso colher nenhum mas para lá caminha.
Até ver as sementeiras estão todas a correr bem. Tão bem que o marido não se cala que ele é que sabe e bla bla bla. Mas mesmo assim de vez em quando ele ainda dá uma espreitadela no Borda d'Água. Deve sentir-se mais agricultor assim, sei lá.
Quando ele me mostrou as sementes do tomilho fiquei incrédula de que alguma coisa pudesse nascer dali. As sementinhas são mais pequenas que a cabeça de um alfinete! Ele pegou simplesmente uma mão cheia de sementes e espalhou-as no vaso. Ao regar desapareceu tudo entre a terra. Para meu espanto, passados meia dúzia de dias já se notava que ia sair dali qualquer coisa.
O resultado da germinação é proporcional ao tamanho das sementes, os rebentos são minúsculos. Mas o que lhes falta em tamanho sobra em quantidade. São tantos que se crescerem muito não sei se o vaso chega para todos. Só espero que sim, porque se o tamanho do vaso for suficiente acho que vai ficar muito bonito e composto. Como se costuma dizer, tudo o que é pequenino é lindo e é bem verdade.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Palavra do dia: VINAGRE
Estava eu nos meus afazeres de almoço quando vejo o marido a tirar qualquer coisa do armário dos detergentes e afins. Pensei logo: "Ai Jesus que ele vai outra vez empestar a horta!". Ia já ele com o frasco de insecticida na mão quando consegui barrar-lhe o caminho para lhe explicar:
- O que se passa desta vez?
- São os morangueiros. Estão carregadinhos de piolho.
- Espera lá! A Isa disse para experimentarmos pulverizar com vinagre e água.
- Ah bom! Era de uma mezinha dessas que eu andava à procura. Vou experimentar.
- São os morangueiros. Estão carregadinhos de piolho.
- Espera lá! A Isa disse para experimentarmos pulverizar com vinagre e água.
- Ah bom! Era de uma mezinha dessas que eu andava à procura. Vou experimentar.
Não sei as quantidades que ele usou mas vou esperar pelo relatório da experiência. Espero bem que funcione senão, coitadinhos dos morangueiros, vão corridos a insecticida como a hortelã.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Alecrim vs. Hortelã
Há mais de um mês iniciámos uma experiência com o alecrim e a hortelã. Colocámos um ramo de cada espécie num frasco com água e começou a extenuante tarefa de observar atentamente a magia da natureza. Qual das duas plantas será que criou raízes mais depressa? Será que o alecrim se aguentou?
Pois bem, a corrida pela sobrevivência chegou ao fim e já temos os resultados. Na altura o Jardineiro do Rei deu-nos umas preciosas dicas de como propagar o alecrim, mas nenhuma delas envolvia o enraizamento "por mergulhia na água". Ainda bem. Assim não estragou a surpresa.
Tal como esperado a hortelã ganhou a corrida e bem cedo apareceram as primeiras raízes. Até aqui nada de novo. Mas o interesse da experiência era saber como se comportava o alecrim.
Após uma semana mergulhado em água as pontas das folhas do ramo de alecrim começaram a secar. Na altura pensei que a coitadinha da planta não resistiria à experiência. No entanto, durante todo esse tempo reparei que, contrariamente às restantes, as folhas do topo do ramo mantiveram-se sempre viçosas. Por isso sentei-me em frente ao frasco e esperei para ver o que acontecia. Ao final de meia dúzia de dias já não podia com a mulher a gritar-me que não fazia mais nada do que olhar para a horta, mas só vos digo que foi emocionante.
O alecrim aguentou-se e apareceram as primeiras raízes. Foi a loucura, corri pela casa a gritar:
- OH MULHER, OH MULHER, ANDA CÁ VER ISTO!
Perante tanto entusiasmo a mulher largou tudo e correu para ver o que se passava.
- Ai homem, é grave? O que foi?
- Olha, olha... o alecrim já tem raízes!
- Olha, olha... o alecrim já tem raízes!
A mulher colocou uma expressão carregada, olhou para mim com uns olhos de raiva e susteve a respiração. Ficou assim uns segundos. Ainda pensei que explodisse, mas não. Suspirou apenas e virou-me as costas.
Mas veem, funcionou!
Já a experiência com goji não correu lá muito bem. Eram mais que as mães mas morreram todos. É triste mas a vida continua. Tirei o ramo de alecrim da água e plantei-o no vaso do goji. Agora temos dois vasos com alecrim plantado, um diretamente e outro depois de enraizar num frasco com água. Vai ser mais uma experiência, vamos ver em qual dos casos o alecrim cresce melhor. Hi, hi. Vou-me sentar novamente em frente à horta para ver o alecrim crescer.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Palavra do dia: COLO
Estou proibida de levantar pesos maiores que um quilo por causa do pequenino percalço que tive ontem. À conta disso tive cá a minha maninha o dia todo a fazer de babysitter. Do menino e minha, coitadinha.
O que mais me custou foi não poder dar colinho ao meu menino o dia inteiro. Uma pessoa habitua-se e depois tiram-nos estes mimos assim de repente. E depois vejo-o a ele com olhinhos de gato das botas como quem diz "mamã, dá colinho" e eu a só lhe poder dar uns beijinhos e umas festinhas. Oh vida.
Olha! A Hortelã tem piolho
Num dos vasos da nossa horta vertical temos hortelã. Dois pequenos rebentos transplantados do quintal da mamã que viveram alegres e felizes no seu novo habitat durante alguns dias. Até que o agricultor de algibeira se lembrou de os inspecionar mais ao pormenor e verificou que algumas folhas tinham habitantes indesejados: piolhos.
As coitadinhas nem tiveram tempo de se prepararem para o que veio depois. Nem tiveram tempo de me pedir ajuda. Só mais tarde é que o marido me veio informar, com ar de cientista louco, que pegou no insecticida e despejou meio frasco para cima delas. Eu ainda fui a correr, mas já não havia nada que pudesse fazer. Restou-me ficar a olhar para aqueles dois rebentinhos em completa agonia e esperar que a brisa suave que se fazia sentir levasse aquele veneno para longe e os ajudasse a respirar.
Passados uns dias a hortelã estava assim. Castanha. Sofreu até já não aguentar mais, pensei eu. Mas, observando mais de perto consegui ver pequenos rebentos a nascer do seu caule e acreditei que ela era mais forte do que eu imaginava. Deixei-a ficar, dei um grande raspanete no marido e confiei que a partir daí ele ia ter mais respeito e carinho por aquela plantinha tão indefesa.
Agora está assim, fresca e fofa. Já nem se lembra do horror que passou e só auspicia pelos dias prósperos que a esperam. E nós também.
domingo, 6 de janeiro de 2013
Palavra do dia: LOMBALGIA
Hoje de manhã, como de costume, o miúdo acordou a chorar e, como de costume, a minha querida esposa levantou-se a correr em socorro da criancinha. O miúdo já dorme sozinho no quarto dele. Eu só acordei quando ela se levantou.
Nisto entra-me ela aflita pelo nosso quarto com o filho ao colo.
- Ai, Ai, agarra aí no menino que eu já dei cabo das costas!
Levantei-me também a correr e agarrei o menino.
- Então? O que é que foi? É grave?
- É pá, não sei! Senti as costas a esticar e está-me a doer bué.
- Comparado com as dores de parto quanto é que te dói?
- É parecido com as primeiras contrações!
- É pá, não sei! Senti as costas a esticar e está-me a doer bué.
- Comparado com as dores de parto quanto é que te dói?
- É parecido com as primeiras contrações!
Não sei como é a dor das contrações, nem das primeiras nem das últimas, só presenciei a agonia da mulher durante o trabalho de parto no momento em que lhe foi administrada a epidural. Pareceu-me que ainda dói um bocadinho. Portanto, hospital com ela.
Agora a Fofuxa está de repouso. Anda direitinha como nunca. Se ela andasse de saltos altos já podia riscar o ponto Em 2013 vou aprender a andar de saltos altos da lista de resoluções do ano novo. Eh, Eh, Eh.
sábado, 5 de janeiro de 2013
Culturas da horta vertical identificadas
Voltando ao assunto das etiquetas dos vasos da horta vertical, as diferentes culturas já estão todas identificadas. Temos então nove vasos, três com salsa, dois com alecrim e nos restantes quatro colocámos hortelã, cebolinho, coentro e tomilho. As culturas repetidas não tiveram direito a placa identificativa.
Mas espera aí... sete mais um são oito e não nove. Bolas! Fiz mal as contas. Falta-me fazer mais um suporte para as etiquetas. Dormente! Como é que eu fiz tal coisa? Bem, não é grave, logo faço outro.
Como podem verificar, a horta vertical está a ficar composta. No meio do branco e do azul já se vê algum verde. Apesar do frio as culturas têm crescido alguma coisa, muito poucochinho, mas crescem. Segundo a lista das ervas aromáticas que a mulher escolheu para a horta vertical ainda falta cultivar manjericão, cidreira e malagueta, em principio nos vasos que acomodam agora culturas repetidas. Outrora num dos vasos crescia goji que infelizmente não aguentou as trocas baldrocas que fiz inicialmente com os vasos e morreu, dando lugar a uma nova experiência agora com o alecrim. Os coentros caíram do céu. Depois de toda a pesquisa que a mulher fez sobre as ervas aromáticas passei um dia no supermercado e comprei quatro sementes de que me lembrei. Acertei no cebolinho e no tomilho e errei no coentro. Quanto à última escolha, nem acertei nem errei, comprei semente de salsa.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Palavra do dia: ROEDOR
Tenho um roedor cá em casa. Não, não é um rato. Não, não é um hamster. É um bebé lindo de nove meses. Descobriu oficialmente para que servem os dentes. E já tem sete, o nosso homemzinho. Tudo o que apanha à frente é para pôr na boca e roer. Ultimamente tem tido uma fixação por tudo o que é de papel. Já não tenho uma revista inteira. Nem o livrinho dele para aprender as primeiras palavras escapou. Deve pensar que se as comer aprende-as mais depressa.
É isso e chinelos. Não o posso ter no chão a brincar ao pé de mim que passados uns minutos já tenho umas mãozinhas a agarrarem-me os chinelos a ver se os conseguem levar à boca.
Mas é o ratinho mais fofo do mundo!
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Palavra do dia: TERRITÓRIO
Hoje foi dia de arrumações. Comecei pelo que desarrumámos por estes dias de festividades e depois dediquei-me a coisas mais específicas para deixar a casa mais jeitosinha. Ainda faltam algumas coisitas mas vou no bom caminho. Pelo meio atrevi-me a arrumar algumas tralhas do marido que ele teima em deixar espalhadas pela casa fora. Passadas umas horas, estava eu no silêncio do quartinho do bebé a tentar adormecê-lo quando oiço o marido a gritar qualquer coisa. Como já é costume ele andar a falar sozinho pela casa não liguei. Ainda por cima o bebé estava mesmo a adormecer. Entra-me ele pelo quarto:
- Onde é que puseste o carregador das pilhas? Estava em cima da mesa X.
- Deve estar no armário Y.
- F... Tens sempre que andar a esconder as minhas coisas! Elas não estão bem onde estão?
- Deve estar no armário Y.
- F... Tens sempre que andar a esconder as minhas coisas! Elas não estão bem onde estão?
Nesta casa tudo o que sejam cabos, carregadores, pilhas e chinelos têm que estar sempre bem à vista. Do marido e do resto do mundo. Ai de mim se me atrevo a mudar o que quer que seja do sítio! Deve fazer-lhe espécie ver a casa arrumada e tem que fazer o seu papel de macho alfa e marcar o território aqui e ali, qual leão em plena savana, com os seus objetos aleatoriamente (ainda que ele diga que não) espalhados.
Por isso, caros familiares e amigos, sempre que vierem cá a casa e detetarem itens localizados em sítios invulgares já sabem do que se trata. Não sou eu que sou desleixada. É o leão cá de casa a marcar o território. E no vosso lugar evitava contacto visual direto. Ainda podem levar uma dentada.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Palavra do dia: DESCOMPENSADA
Gostava muito de ter uma palavra mais glamorosa para iniciar a minha lista de palavras de 2013. Mas é assim que me sinto, descompensada. Isto das festas de fim de ano é tudo uma grande canseira e já vi que com a idade piora. Depois queremos estar em todos os lugares ao mesmo tempo e andamos de um lado para o outro para podermos estar com as nossas famílias. É muito bom, mas também muito cansativo. Tenho os meus dois homens a dormir. Também estão descompensados. Tenho a casa de pantanas. Também está descompensada. Amanhã trato dela. E pode ser que amanhã consiga que a segunda palavra do ano seja mais animadita.
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