- Chamaste fofinha?
- Chamei! Os vasos não podem ficar assim, perdidos no chão e pronto. Isto não é nada Shabby Chic.
- Chamei! Os vasos não podem ficar assim, perdidos no chão e pronto. Isto não é nada Shabby Chic.
Realmente depois de tanta dedicação a aprimorar os vasos, de transformar o rústico desinteressante numa peça requintada e chamativa, faz todo o sentido organizar a horta de uma forma mais glamorosa. Mas antes disso, deixem-me saborear na varanda um cálice de vinho do Porto enquanto aprecio a obra já feita.
Por falar em vinho do porto... em 2001, o Alto Douro Vinhateiro foi classificado pela UNESCO como património da humanidade, na categoria de paisagem cultural ou qualquer coisa parecida [1]. É como quem diz que esta região do nordeste de Portugal é caracterizada por uma grande tradição cultural, um exemplo de interação humana com o meio ambiente que marcou a paisagem de uma forma única. Um tipo de construção com um valor arquitectónico inestimável, não viável economicamente nos tempos que correm [2], que conta a história de um povo de trabalho.
Sabem a que me refiro? A uma forma tradicional de cultivo, à arte de esculpir as íngremes encostas do Douro com patamares de terra sustentada por muros de pedra, como se de uma escadaria se tratasse, a um produto de séculos de trabalho árduo... aos socalcos. Uma das mais dramáticas e inspiradoras paisagens vínicas do mundo, completamente vulnerável sob esta economia impiedosa, que se não for protegida estará condenada ao desaparecimento.
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Pois bem minhas senhoras e meus senhores, em homenagem a este vinho que tanto aprecio e à região onde é cultivado, os 0,75 metros quadrados a que a horta tem direito na nossa varanda serão cultivados em escada. É isso, parece-me bem construir umas escadarias em madeira para suportar a floreira que já temos e as outras duas que teremos muito brevemente.
Imagens de: traga_mundos, Douro Valley, Universidade do Porto, Croft Port
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