sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A nossa horta passo a passo

Primeiro explicámos como fizemos para isolar a nossa varanda e como criámos a nossa marquise low-cost. Depois explicámos com decorámos os vasos e floreiras da horta e mostrámos em pormenor os degraus e o painel vertical que sustentam as culturas.

Rebentos de salsa

Como não há duas sem três, desta vez mostramos tudo o que plantámos na nossa horta até agora, explicando todos os passinhos que demos para fazer crescer as plantas na varanda. Criámos um novo separador no topo do nosso blogue com o nome Horta. Informo só que tem sido o marido a criar os conteúdos destas páginas. Apenas costumo fazer uns pequenos reparos aqui e ali. Não sei que comprimidos tomou ele desta vez, mas parece que a sua veia artística explodiu na introdução desta página. Estou já a avisar para não se assustarem muito. Mas está um texto de grande valor, técnico e filosófico.

Espero que esta nova página seja de muita utilidade e que vos inspire a criarem o vosso cantinho verde. Nem que seja só com um vasito, que foi assim que começámos. Claro que, enquanto houver espaço, a nossa horta vai continuar a crescer. Por isso esta página também. Vão passando por lá para estarem sempre a par das novidades da horta.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Só a ti? Eu avisei!

Como o meu irmão costuma dizer, eu até me apago. Estava-se mesmo a ver que mais dia menos dia isto iria acontecer. Mas a culpa é minha! Eu é que fui na léria da mulher, que temos que poupar e tal, a vida está cada vez mais difícil, o dinheiro vai todo para os impostos... tudo verdades! Mas bolas, nem oito nem oitenta. Está certo que devemos poupar, mas daí às coisas avariarem e uma pessoa deixar arrastar porque é agarrada, tenham lá paciência. Para mim tudo o que não funciona e não tem arranjo é lixo, e lixo recicla-se ou trata-se. É que a mulher nem me deixou tentar arranjar o micro-ondas velho. Ficou preocupada de eu o estragar ainda mais. Dá para acreditar? Mais?! Então o raio do aparelho já está avariado, o pior que pode acontecer é continuar avariado.

Micro-ondas novo

Mas pronto! Depois do descuido já não houve voto na matéria, comprei um micro-ondas novo, baratinho para ela não me melgar muito a paciência. Mesmo assim quando instalei o dito cujo na cozinha...
- Oh! Este micro-ondas só diz médio, muito alto e máximo, não tem os valores como o velho.
Oh pá, não posso! O sangue subiu-me à cabeça e gritei:
- Mas será possível?! Não querias barato? Barato é assim!
É difícil compreender esta mulher! Quer tudo do bom e do melhor por cinco tostões. Sempre que eu vou comprar alguma coisa acha logo que eu vou trazer o mais caro que encontrar porque isso é que é bom. Farto-me de lhe dizer que o barato às vezes sai caro, mas por muito que repita ela não percebe. Como apaixonado pela bicicleta todo terreno, desde cedo percebi que o barato não dura muito, e que o muito caro só serve para nos gabarmos em frente aos amigos que a nossa bicicleta tem menos meio quilo do que a deles. O que eu pretendo dizer com isto é que devemos procurar sempre a melhor relação qualidade-preço. Mas quem é que lhe mete isto na cabeça?

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Só a mim - parte II

O dia de segunda ganhou um novo fôlego quando o marido disse que já estava de férias, mas claro que eu tinha que fazer das minhas para o dia acabar em beleza. O episódio da Gabriela dessa noite ficou-me caro. À volta de quarenta euros. Coisa pouca.

Esterilizador derretido

Há coisa de três ou quatro semanas o temporizador do micro-ondas da senhoria avariou-se. O marido acha que um micro-ondas sem temporizador não serve e quis logo comprar um novo. Poupadinha que sou, disse-lhe que não era preciso. Bastava estar atenta ao relógio de cozinha. Trinta segundos para descongelar o pão, um minuto para aquecer o leite e a sopa do bebé e sete minutos para esterilizar os biberões.

Na noite de segunda para terça acabei de arrumar a cozinha, pus os biberões a esterilizar, vi as horas para cronometrar sete minutos e fui para a sala pôr o computador a aquecer os reactores. E pus-me a pensar com os meus botões: ora bem, tenho que enviar um email, escrever o post de amanhã...
- Tens os biberões a estrelizar?! Vê lá as horas!
- Sim, eu sei, está tudo controlado. Vou começar a escrever o post para amanhã.
Mas antes de me concentrar na escrita...
- Ah cutxi-cutxi, meu fofinho! Sossegas agora um bocadinho?
- Vá, concentra-te no post que eu vou brincar com o pioninhas um bocado.
- Olha, já começou a novela!
Viram o episódio de segunda-feira à noite? A Gabriela foi ao circo às escondidas. Ai quando o Sr Nacibe descobrir. Vai dar dar esturro, pensei eu. O pensamento foi tão forte que até me cheirou mesmo a queimado. Depois a Malvina quase se deixou enganar. Já viram isto? Até aquela criatura vai na canção do bandido! E pronto, terminou o episódio.
- Acho que temos que mudar a fralda ao piqueno. Enquanto eu faço o biberão tu mudas-lhe a fralda.

Biberão de vidro intacto no meio do plástico derretido
Uma chupeta derretidaBiberão de vidro envolvido pelo plástico derretido

Assim que abro a porta da cozinha, c'um caneco! Esqueci-me do micro-ondas! Tudo derretidinho e uma fumarada mal-cheirosa a invadir a casa toda. Um biberão de plástico, dois de vidro, uma chupeta e o esterilizador, só o vidro ainda estava intacto. O que vale é que deixei dois biberões de fora desta alhada. Dois biberões de 120ml, tive que preparar os dois para conseguir dar 180ml ao miúdo. Mas depois fiquei o resto da noite enervada por me ter esquecido e pelo prejuizo que foi. O marido só dizia que bem me avisou, que o barato sai caro e que devia ter comprado logo um micro-ondas quando o temporizador se avariou. Enervado com a situação, disse também que se ia levantar de madrugada para comprar um micro-ondas novo. Não sei porquê, o micro-ondas velho ainda funciona!

Com isto tudo o cachopo despertou e já não conseguiu adormecer. Foi até às tantas. O marido não foi às compras de madrugada, foi só à tardinha. De qualquer forma o problema ficou resolvido. Agora fiquei com este monte de plástico derretido misturado com vidro para recordação. Só a mim.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Só a mim

O dia de ontem começou como qualquer segunda-feira desde que estou em casa com o nosso menino. Tomo o pequeno-almoço com o marido, ele sai para mais um dia de trabalho e e vou trocar a fralda do miúdo, alimentá-lo e pô-lo a dormir mais um bocadinho. Trato de alguns afazeres domésticos e já está na hora de dar o almoço ao pequenino e fazer o almoço para nós.

Pateta

O marido chega para almoçar. Tudo normal. Fala da sua manhã de trabalho, dá uma vista de olhos na horta, um beijo ao filho e volta para o trabalho. Às seis da tarde, estava o menino a dormir a sesta e chega ele a casa com cara de caso.
- Oh, amor. Tenho uma confidência para te fazer.
Passou-me de tudo pela cabeça, mas limitei-me a perguntar:
- Então?!
- Lembraste de eu te dizer que só entrava de férias para a semana? Afinal entrava hoje.
- Então hoje já não devias ter ido trabalhar?
- Pois...
Foi como nos desenhos animados. Uns segundos a olhar um para o outro e desatámos a rir até às lágrimas. Parece que deu por ela graças a um colega que lhe perguntou se não devia estar já de férias. Senão ia trabalhar a semana toda sem se dar conta. Cromo. Isto é que se chama amor ao trabalho. Há aquelas pessoas que passam o último mês de trabalho a contar os dias que faltam para o descanso merecido. Outros adoram tanto o seu trabalho que se esquecem das férias. Oh, céus!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Miúdo preparado para o Inverno

Já faz dois meses desde a última vez que vos dei conta de como estava o nosso filhote. Hoje venho contar-vos o quanto ele já está crescido. Agora, com oito meses, o pioninhas já se senta muito bem sem precisar de almofadas ou dos nossos braços para o segurar, de qualquer forma as almofadas estão sempre lá. Sentamo-lo no chão com os seus brinquedos e ele aguenta-se lá um bom bocado. Claro que de vez em quando desvia a atenção das suas brincadeiras para verificar se a mamã ou o papá estão por perto. Por vezes chama-nos para nos sentarmos no chão com ele. Aí é que a porca torce o rabo. Sentar até sento, mas dois minutos depois já me dói tudo. Não sei como é que ele consegue.

Como o inverno se avizinha, ontem fomos comprar-lhe um gorro quentinho para o acachar do frio na rua. Saímos da loja com um kit completo, gorro, cachecol e luvas. É para quando nevar por aqui. Fica tãaaao fofo. Entretanto chega o Natal e vamos enfeitar pela primeira vez uma árvore cá em casa. Até aqui como éramos só eu e o marido não nos dávamos ao trabalho, mas agora com o nosso pequerrucho já faz todo sentido entrar no espírito natalício. Realmente a magia do Natal está nas crianças.

Gorro

Os dois dentinhos de baixo já estão granditos e recentemente os dois dentes da frente de cima fizeram-se também notar. Agora é que vai ser. Equipado com quatro dentinhos vai roer tudo a eito. Parece-me é que vai sair um dentolas tipo coelho, os dois dentes que estão a espreitar acho que são enormes.

Entretanto passou a comer sopa e fruta também ao jantar e papas cerelac ao lanche. Continua um comilão. Quanto mais lhe desse mais ele comia. É um guloso! Água é que não é com ele. Comprámos um daqueles copinhos com tetina para ver se o acostumamos a beber água mas acho que ele é como a mãe. Água não sabe a nada. Pelo menos o copo tem servido para ele coçar as gengivas, coitadinho.

Gorro cachecol e luvasCachecol e luvas

Na hora do banho é a loucura total. Temos uma cómoda com banheira embutida para não termos que tirar o pequenito do quentinho do quarto para o fresquinho da casa de banho, ou vice-versa. Além de que as minhas costas agradecem. Ainda lhe damos banho lá, mas acho que vai ser por pouco tempo. Antes ele chapinhava com os pés, depois aprendi a encostar-lhe o rabo ao fundo da banheira e acabei-lhe com a brincadeira. O safadito logo descobriu outra forma de alcançar o mesmo objectivo, agora levanta e baixa o rabo com toda a força. Só falta gritar: olha a onda mamã! Chapina-me tudo. Mas acho que enquanto sobrar água na banheira vou insistir, que as minhas costas agradecem.

Socializar é com ele. Conhece muito bem quem lhe é familiar, mas sorri para toda a gente e até estica a mãozinha para dar uma festinha. Um amor. São só aaahhhs e ooohhhs a olharem para ele todos babados. Quando lhe mostramos um brinquedo ou qualquer coisa nova para ele descobrir quase nos desmanchamos à gargalhada. Não sei como são os outros bebés, mas ele não açambarca logo as coisas com as mãos. Vai só com o dedinho indicador e o polegar agarrar com muito cuidadinho para ver o que é. Não vá o objecto estranho morder-lhe, chiça!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Vamos apimentar a nossa varanda

À semelhança da maioria das plantas de que vos falei até agora, nunca usei malaguetas nos meus cozinhados e acho que também nunca provei nenhum prato em que se notasse o sabor delas assim à descarada. Por isso, vai ser mais uma descoberta que vamos fazer cá em casa se conseguirmos criar malaguetas na nossa varanda. Pelo que já li, elas não precisam de grandes cuidados para sobreviver. Se não se derem por aqui fica provado que somos mesmo muito maus agricultores. Nesse caso mais vale continuar a comprar tudo no supermercado e dedicar-me à pesca.

Molho de malagueta

Vamos lá às informações básicas. A malagueta pode ser semeada ou plantada em qualquer altura do ano e com qualquer tipo de clima - só por isso já entrou no top 10 das minhas plantas aromática preferidas, que não tem sido nada fácil encontrar ervas para plantar nesta altura - demorando de dois a três meses até podermos começar a colher. Cada planta gera normalmente entre dez e trinta malaguetas, o que chega para nós e para distribuir pela família. Antes de semear devemos colocar as sementes em água durante um dia e ao semear cobrir com um centímetro de terra. É muito resistente ao clima e a doenças, mas mesmo assim devemos protegê-la da geada. Se tudo correr bem, passados sessenta dias pode-se começar a colher. Devemos cortar um ramo e deixar secar as malaguetas assim, em vez de as apanhar uma a uma. Se ficarem bem secas aguentam-se durante anos. Podemos também esmagá-las num almofariz com azeite e fazer um molho picante. Quanto mais tempo deixarmos as malaguetas no azeite, mais picante fica [1].

Molho doce de malaguetaMolho de pimentão vermelho e tomate
Figos envolvidos em chocolate temperado com malagueta

No campo das coisinhas boas para a nossa saúde, por incrível que pareça, acho que se pode dizer que as malaguetas são um mini cocktail maravilha. Têm altos índices de vitamina C, ácido fólico, vitamina A, vitamina E, magnésio, ferro e aminoácidos, além de diversas substâncias anti-cancerígenas [2]. É pena é que para ingerirmos doses que fossem significantes para aumentar os níveis destas vitaminas e minerais no nosso organismo tínhamos que ter um carro de bombeiros em prontidão para apagar o fogo. De qualquer forma, são boas para baixar a tensão arterial e os níveis de colesterol no sangue [3].

Mas o que mais me suscitou a curiosidade na malagueta foi dizer-se que é óptima para as enxaquecas. Parece que quando a nossa boca detecta que estamos a ingerir um alimento picante envia um sinal ao cérebro de que está literalmente a pegar fogo. O cérebro inicia logo o combate directo com a criação de saliva, transpiração e humidade no nariz, tudo para nos refrescar. Então achando que estamos a pegar fogo, o cérebro fabrica uma data de endorfinas para amainar a suposta dor, o que nos dá uma sensação de bem estar geral [4]. E é por isto que as enxaquecas diminuem! Quando tiver uma assim a valer vou sacar logo de uma malagueta e dar-lhe uma valente trincadela para confirmar se resulta. Cá para mim vou ficar pior, mas se os entendidos dizem que resulta, em nome da ciência a malta experimenta.

Chilli com carnePeixe com malagueta
Refogado de borrego com gengibre e malagueta

Para terminar temos a culinária. Neste campo a malagueta é muito utilizada na confecção de pratos tailandeses, mexicanos e chineses. Por cá ela anda mais pelas carnes como moelas, bifanas e carne de porco à alentejana [5]. Acho que me vou inspirar e fazer umas invenções cá das minhas. Para começar vou tirar tudo o que são sementes e polpa e deixar só mesmo o exterior da malagueta. Assim talvez não tenha que ir a correr para as urgência à primeira garfada.


[1] Boletim Agrário: Plantar Malaguetas. http://boletimagrario.blogspot.pt/2012/05/plantar-malaguetas.html.
[2] Plantas Aromáticas - Malagueta. http://www.aromaticasvivas.com/pt/ervas-aromaticas-vivas/malagueta.aspx.
[3] Malaguetas ~ Alimentos e Saúde. http://alimentos-saude.blogspot.pt/2009/06/malaguetas.html.
[4] Capsicum frutescens – Wikipédia, a enciclopédia livre. http://pt.wikipedia.org/wiki/Capsicum_frutescens.
[5] Malagueta. http://www.semstress.com/malagueta-2.

Imagens de: Karen's Kitchen, Hunger and Sauce, Hot Pot Cooking, Inside Cuisine, What's Gaby Cooking, Recipe Code, Maggie Beer.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Leitura em trabalho de parto

Caso ainda não tenham percebido, este ano aconteceu-me a coisa mais maravilhosa e marcante da vida de uma mulher: fui mãe. A gravidez correu muito bem mas andei o tempo todo em pânico a pensar no parto. Frequentei aulas pré-parto e prepararei-me para ser forte como todas as mulheres que já deram à luz. Essas aulas foram mesmo muito boas para mim. Aconselho vivamente. Fiquei a saber muita coisa que não sabia e fui ficando muito mais tranquila à medida que chegava o grande dia. Explicaram-me que devia ficar em casa até que as contracções ocorressem em intervalos de cinco minutos, ou assim que rebentassem as águas. Isso ou até não aguentar de tanta dor.

O dia previsto para o parto chegou e passou. Passou mais uma semana e nada de contracções. Marcaram-me a indução do parto. Com os nervos em franja e as malas mais que feitas, durante essa semana só procurei formas de me entreter no dia da indução, enquanto esperava deitada pelas dores dilacerantes. Carreguei duas horas de música para o MP3 e fui procurar um livro para me cultivar.

Livro as nove divisões da felicidade

Não fazia a menor ideia de que livro comprar, apenas sabia que queria uma coisa alegre, que me puxasse a mente para cima nas alturas em que me fosse abaixo com as contracções. Depois de folhear dois ou três, decidi-me pelo livro As nove divisões da felicidade, de Lucy Danziger e Catherine Birndorf, M.D. O marido só disse que era um livro de auto-ajuda e que me ia deprimir ainda mais, mas arrisquei.

No dia D dei entrada no hospital às 9h, deram-me o medicamento da indução às 11h e comecei a ler. Foi até às 20h. Aí a coisa começou a apertar e não houve livro nem música que me valesse. Consegui ler mais de metade do livro e adorei. As autoras usam a metáfora de uma casa com as suas várias divisões para nos mostrarem como nos deixamos abater por coisinhas insignificantes, e como devemos dar valor e sorrir perante o que temos na nossa vida. Gostei mesmo muito.

No hospital li 168 das 304 páginas que o livro tem. No primeiro mês do rebento li até à página 244. Neste momento, passados sete meses e meio desse dia, vou na página 244. Não li nem mais uma vírgula. Mas foi mesmo por descuido, porque por muito atarefados que os nossos dias sejam temos sempre um tempinho para ir colocando a leitura em dia. Tenho mesmo que acabar de o ler. Pensando melhor, acho que vou voltar a lê-lo do início, só pelo gozo. Decididamente, recomendo.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Isolando as tabuletas

Recentemente criámos umas tabuletas para identificar as culturas da nossa horta de varanda. Entretanto, o nosso seguidor Jardineiro do Rei teve a amabilidade de nos advertir para a possibilidade da estaca das tabuletas apodrecer rapidamente com a humidade. E já sabem como o meu homem é. Aquilo ficou-lhe entalado e teve que arranjar solução para salvaguardar o trabalho todo que teve com as tabuletas.

Tabuletas com as estacas isoladas

Desde que nos casámos que tive que aprender a conviver com tralhas e coisas de gajo que para mim não serviam para nada, mas que ele diz sempre que são indispensáveis a qualquer chefe de família para pequenos arranjos e improvisos domésticos. Com o tempo tenho ficado mais tolerante com essas tralhas que teimam em atravessar-se no meu dia-a-dia, pois já percebi que dá mesmo jeito ter algumas por perto. É o caso da manga retráctil. Mais outro termo que só conheci graças ao marido. Aquilo é uma espécie de tubo preto de borracha que se compra de vários diâmetros. Ele comprou para as suas invenções ao nível da electricidade. Quem diria que agora iam dar jeito também para a agricultura.

Manga retráctil preta de vários diâmetros
Retrair a manga no bico do fogãoIsolar o bico da estaca com fita adesiva

Foi só procurar uma manga retrátil com um diâmetro ligeiramente maior do que o da estaca da tabuleta e cortá-la no comprimento certo. Depois o marido aqueceu-a no fogão. Com o calor a manga vai encolhendo e fica justinha ao que tem por dentro - as coisas que eles inventam - depois enrolou a ponta que se espeta na terra com fita isoladora. Não sei se vai evitar por completo que a madeira apodreça, mas de certeza que é uma ajuda. Logo veremos se as estacas das tabuletas se aguentam firmes e hirtas.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Material para almofadar o arquibanco

Disse que ia comprar tecido para o arquibanco e fui. O meu primeiro pensamento foi voltar à loja onde comprei o tecido para os vasos da horta vertical. Têm lá padrões incríveis que parecem saídos das revistas chiques de decoração de interiores. Mas tenho um pequenino problema com eles: o preço. A verdade é que só trouxe aquele tecido porque fiquei mesmo caidinha por ele e não tinha que trazer muito para forrar os vasos. Porque uma média de catorze euros o metro não é brincadeira nenhuma.

Por muito que me apetecesse trazer tudo o que era tecidos para a varanda daquela loja tive que me conter e encontrar uma alternativa. Foi aí que a minha mãe me falou de uma loja que, além de ter daqueles rolos de tecido gigantes que se vendem ao metro, também têm uma secção de vendas a retalho. Têm bocados de tecido que devem ter sobrado de algum lado e vendem-nos muito mais baratos. Quando ela me disse que encontrou um tecido de cerca de metro e meio a um euro ficou logo decidido que tinha que ir averiguar.

Tecido para as almofadas do arquibanco

Tanto averiguei que vieram de lá estes dois exemplares. Um a dois euros e o outro a três. Não se comparam com o que vi na outra loja, mas a vida é feita de escolhas e prioridades, certo? Há-de ficar um arquibanco fofinho e lindo na mesma. Vou usar o tecido verde para o acento que é mais forte e de cor lisa. O outro das flores vai para as almofadas. Com este vou ter que ter cuidado porque tanto pode fazer o conjunto ficar dentro do estilo shabby chic como mais a puxar para o piroso.

A esponja conseguia com um tio meu que é estufador. Foi só telefonar à minha tia e dar-lhe as medidas. Pouco depois já lá tinha a esponja cortadinha à minha espera. São uns fofos. Obrigada tios! Ainda tenho que encontrar um fecho para aí de trinta centímetros para poder pôr e tirar a forra do acento. A loja dos tecidos só tinha até vinte centímetros por isso vou ter que me desenrascar por outro lado. Depois ainda tenho que procurar sumaúma ou coisa que o valha para encher as almofadas. É uma canseira quando não se sabe onde procurar mas não se preocupem que as coisas hão-de aparecer.

Agora chegou a vez de ir ter com a mamã para coser isto tudo, que eu não percebo um chavo de costura. Sou mesmo desavergonhada a cravar favores à família aqui e ali. E então calha à minha e à do marido, coitadinhos. Mas é por uma boa causa, deixem lá. Ainda não sei ao certo qual, mas quando souber vão ser os primeiros a saber.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cidreira ou melissa?

Depois da salsa, a erva cidreira deve ser das mais conhecidas no nosso país. Quem gosta de ter um espaço lá em casa para umas aromáticas de certeza que tem um vasito de cidreira para um chazinho ou coisa que o valha. Pois nós não temos. Mas não deve ser por muito mais tempo que eu já reuni o que preciso de saber para manter uma cidreira fresca e fofa cá em casa. Cidreira ou melissa que é mais chique. Se bem que melissa a mim só me faz lembrar aqueles sapatos de plástico que são muito giros mas que não parecem nada confortáveis. Não sei, nunca experimentei.

Chá de erva cidreira

Adiante. A cidreira tanto pode ser semeada como plantada por estacas. Acho que vamos seguir o exemplo da hortelã e trazer uma estaca de casa dos papás se eles ma conseguirem arranjar. Coitadinha da hortelã, nem imaginam o que ela anda a passar cá em casa. Mas isso fica para depois. A cidreira prefere meia sombra e água moderada [1]. O sol forte e a falta de água provocam uma aparência de queimado nas folhas [2]. A ver se me lembro que esta é mais fraquita e não pode ficar à chapa do sol.

Pesto e guacamole de erva cidreira

Parece que só podemos começar a colher folhas seis meses depois de a plantar para que ela continue cheia de força. O que é uma chatice porque até lá vou ter que continuar a fazer chá com as saquetas de supermercado. Para a colher deve-se cortar a planta a dez centímetros do solo e a melhor altura é de manhã depois do orvalho passar [2]. Na cozinha podemos usar a cidreira em refrescos, geleias e saladas de frutas, gelados, molho para saladas, carnes brancas, cogumelos e omeletes. Também pode ser usada para substituir o limão em muitas receitas [3].

Sopa de cenoura com erva cidreiraMacaroons de coco com mel e erva cidreiraXarope de ruibarbo e erva cidreira com margarita

A nível de propriedades medicinais, um chazinho de erva cidreira ajuda a acalmar os nervos ou os problemas de digestão. Pelo menos sempre ouvi dizer isso. Mas parece que para além disso também melhora o bom humor e a performance mental, o que dá sempre jeito. Outra sugestão, que poderá ser muito útil para quem faz acampamento selvagem, é esfregar folhas esmagadas na pele para repelir os mosquitos [4]. 

Vou então só ali assaltar o quintal dos meus pais e já venho, sim?


[1] Erva Cidreira, como plantar - nPlantas. http://nplantas.com/erva-cidreira-como-plantar.
[2] Como Plantar - Revista Globo Rural. http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1708921-4529,00.html.
[3] Erva Cidreira, uso culinário - nPlantas. http://nplantas.com/erva-cidreira-uso-culinario/.
[4] Melissa officinalis - Wikipedia, the free encyclopedia. http://en.wikipedia.org/wiki/Melissa_officinalis.

Imagens de: Temple Illuminatus, Bring to Boil, My Kitchen Affair, Healthy Green Kitchen.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Fiz um bolo com hortelã. Medo!

Como sou uma pessoa super altruísta e para lá de fixe, o post de hoje serve única e exclusivamente para se rirem um bocadinho às minhas custas. Mas vejam lá, não abusem ok?

Na passada quarta-feira o marido festejou mais um aniversário. Estando a coisa negra para prendas ou jantares românticos resolvi ir pelo mais prático e caseirinho: aventurei-me a fazer um bolo de aniversário. Mas não um bolo qualquer. Sendo eu agora uma agricultora de varanda, achei que fazia todo o sentido confeccionar um bolo que englobasse uma qualquer erva aromática. Infelizmente ainda não posso usar nada da nossa horta que está tudo ainda muito pequenino. Para além disso, agora com o Inverno murchou tudo. Não sei se tão cedo aquilo vai arrebitar. Mas esperem lá, ainda não há hortelã às mãos cheias na nossa horta mas há no quintal dos paizinhos! Então, na loucura, avancei com a ideia, pesquisei na Internet e encontrei uma receita de bolo mármore de menta e chocolate que me pareceu muito boa. O bolo fica todo cor de chocolate e com uma bonita camada verde-hortelã no meio. Ficou parecido, não ficou?

Bolo de chocolate e hortelã

Claro que estas coisas têm sempre mais piada se forem surpresa. Telefonei à minha mãe no domingo de manhã para que quando lá fossemos à noite ela me desse um raminho de hortelã, assim despercebidamente. Embora a hortelã tenha um cheiro super activo, o marido não deu por nada. Quando cheguei a casa escondi a erva no frigorífico, por detrás da caixa da alface, e a dita passou despercebida.

Ingredientes

Na quarta-feira ele veio almoçar a casa e assim que saiu pus mãos à obra. As horas passaram a correr. Comecei por reunir os ingredientes todos que precisava e, sob a supervisão do pioninhas, segui a receita direitinho. Coitadinho, deve ter pensado "mas o que raio é que ela se lembrou de inventar desta vez?".

Blocos de chocolateChocolate derretido

Enquanto juntei os ingredientes da base, a coisa correu bem. As dificuldades vieram depois, quando tive que separar a massa em duas porções: uma maior onde se junta o chocolate derretido e outra menor onde se junta xarope de hortelã. Oi? Xarope de hortelã? Quando li a receita na diagonal vi que levava hortelã e pronto. Resultado: pus-me a inventar. Num tacho juntei água, açúcar e as folhas de hortelã e rezei para que a água ficasse verde. Não ficou.

No entanto, como já tenho a rotina de fazer as sopas para o piqueno todos os dias, peguei na varinha mágica e toca de triturar tudo. O problema é que não triturou. Ficou uma espécie de esparregado com muito mau aspecto. Mas lá que cheirava a hortelã, cheirava. Então, à falta de melhor, virei a nhanha para a porção de massa respectiva e rezei pelo melhor.

Passar a hortelãMassa com sabor a hortelã

Passo seguinte: colocar tudo na forma. Outro problema. A receita não especificava para quantas porções dava a massa e fiquei com um coisito no fundo da taça. Ainda por cima as formas que tenho cá em casa são enormes. Devo tê-las comprado para me encorajar a fazer bolos grandes e fofos, mas já vi que assim não vou lá. A massa não deu sequer para encher metade da forma. Não chegou para fazer as três camadas: chocolate, hortelã e chocolate. Acabou por ficar uma camada e duas meias. Uma salganhada. Mas pronto, pus tudo no forno a 180º, durante 45 minutos, tal como diz na receita, e esperei pelo milagre do aumento exponencial da massa. Ao fim de 20 minutos a casa estava empregnada com cheiro a queimado. A pouca massa de chocolate que consegui pôr por cima ficou um bocadinho mais escura do que devia e o bolo cresceu 0,5 milímetros. Mas com um prato bonito, um raminho de hortelã e o pôr-do-sol ao fundo tudo parece melhor.

Bolo de chocolate e hortelã cortado

Depois disto tudo só fiquei à espera que o marido chegasse a casa e me mandasse pôr o bolo no lixo. Para meu espanto, quando ele chegou, afinal até me gabou o bolo. Comeu duas ou três fatias e perguntou-me:
- Então mas a nossa horta já dá hortelã?
- Não tonto, trouxe de casa da minha mãe.
- Então mas já andas a planear isto desde domingo?
- Domingo?! Desde a semana passada. Tive que procurar uma receita e comprar outros ingredientes para o bolo. É para veres a fofa que sou.
- Bolas. Agora vou ter que fazer qualquer coisa também para o teu aniversário.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Experiência com o alecrim

A plantação de alecrim ficou um bocado em standby quando procurei informações sobre este arbusto e percebi que o aconselham plantar só lá para a Primavera. Entretanto, a nossa seguidora Empresária de Sucesso brindou-nos com a sua visita e deixou uma dica que me ficou atrás da orelha. Ela disse que desde que se arranje uma estaca com 10 a 15 cm pode-se colocar a pegar na terra em qualquer altura. Assim, sendo nós, um bocado inexperientes nestas andanças, resolvemos seguir o seu conselho. Só temos um pequeno problema, quem é que terá alecrim que nos possa dispensar um raminho?

Ramo de alecrim

Ora nem mais, lá fomos nós outra vez ter com o padrinho dele. Coitadinha daquela família, estamos a assaltar-lhe o quintal e o jardim. Primeiro as sementes de salsa e de espinafre, depois foram os morangueiros e agora alecrim. Para não falar do último dia da mãe. Como neste ano foi a primeira vez que comemorei este dia, o maridinho achou que eu merecia um presente especial. Então lembrou-se de ir ter com a tia para fazerem um raminho de flores às custas do jardim dela! Vai na volta e fez um para mim e outro para a mãe dele. O que vale é que foram raminhos pequeninos senão ficava ela com o jardim deserto. Mas foi um gesto fofo e que vou recordar.

Alecrim a pegar num vasoAlecrimAlecrim a pegar num frasco com água

Voltando ao alecrim, trouxemos duas estacas com mais de 10cm dentro de um frasco de vidro com água e sem tampa. Tendo em conta que é uma hora de viagem de casa do padrinho para a nossa, estava mesmo a ver que chegava a casa com o alecrim seco e o carro encharcado. Mas vá lá que não.

E agora, como é que se plantam estacas? Li algures, mas em relação à hortelã, que se deixarmos as estacas em água durante duas semanas a ganharem raízes depois é mais fácil fixá-las na terra. Para o alecrim não deve ser muito diferente, certo? Mas como o marido é impaciente colocou logo uma das estacas de alecrim num vaso com terra. A outra ficou no frasco com água por enquanto. Qual das abordagens resultará melhor? Estou curiosa para ver o que vai acontecer com o alecrim do frasco com água.

Logo veremos o que esta experiência com o alecrim dá. O pior que pode acontecer daqui a uns tempos é voltarmos à estaca zero, um vaso vazio.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Arquibanco mais confortável e acolhedor

Da última vez que falei do nosso arquibanco foi para vos dizer que lhe demos um tratamento especial. Passou de um simples arquibanco cor de pinho para um arquibanco super requintado e shabby chic. O marido pintou-o de branco e usou a técnica de decoração decapê para lhe dar um acabamento cinco estrelas. Ficou mais acolhedor e fofo, mas acho que ainda pode melhorar. E se pode melhorar é por aí que vamos.

Almofada com rosas cor de rosa

Para tornar o arquibanco mais confortável a primeira ideia que salta logo à vista é um acento almofadado. E claro, montes de almofadas. Montes é como quem diz, que se forem almofadas em tamanho normal só devem caber umas duas. Por outro lado, se fizermos umas almofadas em miniatura já são meninas para caberem umas quatro ou cinco, além de ficarem infinitamente mais fofas. Aprofundando ainda mais o espírito shabby chic vejo que o que falta ainda são rendilhados, botões, pérolas e muitas rosas. Também gosto muito da ideia de usar serapilheira. Claro que é tudo muito lindo, mas nunca conseguimos fazer as coisas tão bonitas como as que vemos por aí. Pelo menos eu não consigo. Mas se calhar sou mesmo só eu que nasci com falta de jeito para estas coisas.

Castle chairAlmofada de serapilheira
Banco de jardim em ferro castanhoBanco vintage

Quanto mais pesquiso sobre shabby chic, mais fico apaixonada e completamente rendida. Parece que com os espaços decorados desta forma, seja dentro de casa ou no exterior, entramos no mundo encantado das princesas. Deve ser o meu lado romântico e infantil a vir ao de cima. Se calhar é da maternidade, não sei. Mas que me identifico a 100% com isto, identifico. Só tenho pena de não conseguir reproduzir estas ideias. Primeiro porque não tenho recursos financeiros para tal, e segundo porque não tenho espaço nem tempo para me dedicar a isso a fundo. Mas quando tiver tempo, para aí na minha próxima vida, ainda sou menina para fazer uma formação especifica em decoração shabby chic. Será que existe?

Cama reduzida a banco de jardim

Bem, com estes devaneios todos já estou a fugir do tema. Mas está decidido. Posso não conseguir tornar o nosso arquibanco assim tãaaooo fofo, mas vou dar o meu melhor para ficar mais confortável e agradável à vista. Vou comprar tecido para fazer o acento e as almofadas e pode ser que ainda consiga fazer alguns apliques. Só espero é que consiga manter isto ao nível do bom gosto e que no final não fique uma real salganhada.
Imagens de: someplaceinthyme2, My Vintage Room, Etsy, Mak & Jill.

O meu fofuxo faz anos hoje. Como isto está mau para prendas, este ano resolvi dar-lhe um miminho diferente e colocar a nossa mascote em ambiente de festa. É pouco mas é do coração. Parabéns amor!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Uns salpicos de cebolinho aqui e ali

Nunca utilizei cebolinho nem vi alguém utilizar ao vivo. Mas já assisti a imensas receitas numa data de programas de culinária. Dá-me a sensação que qualquer prato que leve uns talinhos desta planta sobe logo um nível ou dois. Parece mais gourmet, não sei. Portanto, vamos lá a saber tudo o que é preciso sobre o cebolinho que eu também quero começar a confeccionar pratos de nível gourmet cá em casa.

Flor do cebolinho

Vamos primeiro ao mais importante de tudo e que mais me preocupa: quando é que se deve semear o cebolinho? Claro que tinha que acertar noutra planta aromática que não aconselham semear agora, no Outono. Só lá para o início da Primavera, para não variar. O livro de referência cá de casa explica também que se deve evitar excesso de água e que se o cebolinho ficar amarelo é porque tem água a mais. Nesse caso devemos cortar as folhas amarelas e não regar até que a planta volte a ficar verde e viçosa.

Cebolinho

Esta planta dá umas flores algures entre o rosa-pálido e o lilás que me parecem muito bonitas e que vão ficar mesmo bem aqui na nossa varanda. Vai ser um dois em um: as folhas para a cozinha e as flores para enfeitar o espaço. É pena é que, assim como no manjericão, aconselham a cortar as flores para que as novas folhas possam rebentar [1]. Cá para mim acho que se deixar algumas ainda vou ter cebolinho que chegue para o consumo cá de casa e fico na mesma com a horta enfeitada. Para além disso, dizem que é óptimo para afastar os insectos maus da horta e que ao mesmo tempo atrai insectos bons como as abelhas [2].

Azeite aromatizado com cebolinhoBatata com pele, salmao e cebolinho

A principal utilização do cebolinho na cozinha é em saladas e em pratos de ovos e de queijo. Também pode ser salpicado em sopas, puré de batata ou na decoração de pratos [1]. De vez em quando fazemos um patê de atum cá em casa que fica mesmo bom com atum, maionese, cebola picada e azeitonas. Quando tiver o cebolinho vou experimentá-lo nesse patê em vez da cebola. Acho que lhe vai dar um bom toque e deve ficar bem mais interessante à vista.

Omolete de ervas

Continuando na culinária, sugerem juntar o cebolinho com iogurte e hortelã para acompanhar pratos de peixe. Parece-me bastante bem. Também dizem que combina bem com abacate e courgete, embora não esteja a ver bem como fazer isso. As flores podem também ser utilizadas para dar um leve sabor picante e um toque colorido aos cozinhados [3]. É o que eu digo. Fica tudo um nível mais acima.

Hamburguer de soja com beterrabaLulas com caril, gengibre e cebolinho

As propriedades medicinais do cebolinho são muito semelhantes às do alho, mas mais suaves. Por esse motivo não é tão mencionado no que diz respeito a mesinhas para a saúde. Quando se fala é sempre no alho. De qualquer forma o cebolinho tem um efeito benéfico na circulação sanguínea.

Pronto. Está visto. Cebolinho vai ter que passar a existir na nossa horta de varanda e é para ontem. Acho que vou ter que passar um bocadinho ao lado das épocas de sementeira e pôr mãos à obra. Mal seja que não nasça nada.


[1] Allium schoenoprasum – Wikipédia, a enciclopédia livre. http://pt.wikipedia.org/wiki/Allium_schoenoprasum.
[2] Chives - Wikipedia, the free encyclopedia. http://en.wikipedia.org/wiki/Chives.
[3] Botelho F. Cebolinho - SAPO Mulher. http://mulher.sapo.pt/bem-estar/receitas-nutricao/cebolinho-777243.html

Imagens de: Wikipédia, Liquid Bliss, Eatwell101, Simply Healthy Family, Aromáticas Vivas, Comendo com Sentidos, Amigos e Sabores.